"O limite é educativo."
Essa fala eu ouvi de uma Professora, amiga minha, durante um congresso onde a construção de uma proposta estudual para à Educação estava em debate.
Foi em 2004 em Blumenau.
Conversávamos sobre isso e os dois afirmamos que era necessário que a Escola trabalhasse à questão dos "limites" enquanto conteúdo de sala de aula.
Pois é papel fundamental da Escola abordar assuntos que se fazem presentes à realidade vivida por seus Educandos.
E, afirmamos também, que esse trabalho não deveria ser feito somente com e na Escola e sim que envolvesse toda a comunidade escolar.
Pois bem, coloquei esta fala aqui porque estava visitando o sítio da Revista Brasil Atual e encontrei uma matéria sobre esse assunto.
Achei a matéria muito interessante e acredito ser importante divulgá-la.
Por isso vou reproduzir aqui no blog.
Combate à violência na escola precisa envolver comunidade, aponta promotora de justiça
São Paulo - Para a promotora de Justiça da Infância e Juventude de São Bernardo do Campo (SP), Vera Lúcia Acayaba de Toledo, o combate à violência nas escolas exige políticas públicas integradas para auxiliar professores e famílias a lidarem com o problema. Ela vê os educadores e diretores como principal alvo de críticas pelo cenário, que precisaria ser tratado por outras partes, incluindo o poder público.
"É preciso uma força-tarefa para amparar educadores, porque a responsabilidade não é só das escolas. De acordo com a Constituição Federal, a responsabilidade também é do poder público, da sociedade e da família", enfoca a promotora. "É comum culpabilizar a escola. Existe corresponsabilidade entre todos", destaca.
No dia a dia da Promotoria, Vera constatou o crescimento do número de ocorrências em que estudantes cometiam infrações. "O retorno da Justiça estava sendo ineficaz, porque estava havendo muitos casos de reincidência e as medidas socioeducativas não estavam proporcionando um retorno adequado", diagnostica a promotora de justiça.
O quadro de crescente violência levou a promotora a instaurar um inquérito civil em agosto de 2007. A partir da iniciativa, Vera convidou representantes de órgãos públicos, da sociedade civil, universidades e de entidades do setor privado para discutir o problema e elaborar um projeto de enfrentamento da violência.
Com o apoio de organizações públicas e privadas do município, em dezembro de 2007, a Promotoria de Justiça da Infância e Juventude deu início a uma força-tarefa para combater a violência em escolas públicas de São Bernardo do Campo, chamada de "Parceria na construção de uma cultura de paz no ambiente escolar".
Uma das vertentes da parceria foi estabelecer um fluxo de ações para as escolas saberem como agir e como encaminhar alunos para o programa. "A finalidade é a busca da origem da prática de ato infracional, porquê ocorre a violência e o encaminhamento do aluno para uma equipe multidisciplinar", descreve Vera.
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