Buenas! Bem Vindo ao Blog do Prof. Diego - "Tema Gerador".

Esse blog é destinado a informar e construir conhecimento referente a diversos assuntos do cotidiano. Sempre a partir de um "Tema Gerador" retirado de falas presentes no mundo real ou virtual de nossas vidas e com a intenção de transformar a realidade!

Aproveite, opine e indique!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

"A bastilha da exclusão"

Reproduzo artigo de José Graziano da Silva.
Publicado originalmente no Jornal "Valor".
Um ensaio sobre à miséria em tempos de combate à miséria...

A bastilha da exclusão

Nos anos 90, a cada dez brasileiros, quatro eram miseráveis. Hoje a proporção é de um para dez. O ganho é indiscutível. Mas o desafio ficou maior: erradicar a miséria pressupõe atingir a bastilha da exclusão que no caso do Brasil tem uma intensidade rural (25,5%) cinco vezes superior à urbana (5,4%).


Crises funcionam como uma espécie de tomografia na vida dos povos e das nações. Nos anos 80, por exemplo, o fim do ciclo de alta liquidez escancarou a fragilidade de um modelo de crescimento adotado por inúmeros países da América Latina e Caribe ancorado em endividamento externo. Nos anos 90, a adesão ao cânone dos mercados auto-reguláveis expôs a economia a sucessivos episódios de volatilidade financeira que desmentiram a existência de contrapesos intrínsecos ao vale tudo do laissez-faire. O custo social foi avassalador.

A crise mundial de 2007-2008, por sua vez, evidenciou a eficácia de uma ferramenta rebaixada nos anos 90: as políticas de combate à fome e à pobreza, que se revelaram um importante amortecedor regional para os solavancos dos mercados globalizados.

O PIB regional per capita recuou 3% em média em 2009 e o contingente de pobres e miseráveis cresceu em cerca de nove milhões de pessoas. No entanto, ao contrário do que ocorreu na década de 90, quando 31 milhões ingressaram na miséria, desta vez o patrimônio regional de avanços acumulados desde 2002 não se destroçou.

Abriu-se assim um espaço de legitimidade para a discussão de novas famílias de políticas sociais, desta vez voltadas à erradicação da pobreza extrema.

No Brasil, a intenção é aprimorar o foco das ações de transferência de renda, associadas a universalização de serviços essenciais e incentivos à emancipação produtiva. Espera-se assim alçar da exclusão 16,2 milhões de brasileiros (8,5% da população) que vivem com menos de R$ 70,00 por mês.

A morfologia da exclusão nos últimos anos indica que o êxito da empreitada brasileira- ou regional - pressupõe, entre outros requisitos, uma extrema habilidade para associar o combate à miséria ao aperfeiçoamento de políticas voltadas para o desenvolvimento da pequena produção agrícola. Vejamos.

A emancipação produtiva de parte dessa população requer habilidosa sofisticação das políticas públicas.

Apenas 15,6% da população brasileira vive no campo. É aí, em contrapartida, que se concentram 46% dos homens e mulheres enredados na pobreza extrema - 7,5 milhões de pessoas, ou 25,5% do universo rural. As cidades que abrigam 84,4% dos brasileiros reúnem 53,3% dos miseráveis - 8,6 milhões de pessoas, ou 5,4% do mundo urbano.

Portanto, de cada quatro moradores do campo um vive em condições de pobreza extrema e esse dado ainda envolve certa subestimação. As pequenas cidades que hoje abrigam algo como 11% da população brasileira constituem na verdade uma extensão inseparável do campo em torno do qual gravitam. Um exemplo dessa aderência são os 1.113 municípios do semi-árido nordestino, listados como alvo prioritário da erradicação da miséria brasileira até 2014.

Nos anos 90, a cada dez brasileiros, quatro eram miseráveis. Hoje a proporção é de um para dez. O ganho é indiscutível. Mas o desafio ficou maior: erradicar a miséria pressupõe atingir a bastilha da exclusão que no caso do Brasil tem uma intensidade rural (25,5%) cinco vezes superior à urbana (5,4%).

O cenário da América Latina e Caribe inclui relevo semelhante com escarpas mais íngremes. Cerca de 71 milhões de latinoamericanos e caribenhos são miseráveis que representam 12,9% da população regional, distribuídos de forma igual entre o urbano e o rural: cerca de 35 milhões em cada setor. A exemplo do que ocorre no Brasil, porém, a indigência relativa na área rural, de 29,5%, é mais que três vezes superior a sua intensidade urbana (8,3%), conforme os dados da Cepal de 2008.

Estamos falando, portanto, de um núcleo duro que resistiu à ofensiva das políticas públicas acionada na última década. Desde 2002, 41 milhões de pessoas deixaram a pobreza e 26 milhões escaparam do torniquete da miséria na América Latina e Caribe. Essa conquista percorreu trajetórias desiguais: declínios maiores de pobreza e miséria correram na área urbana (menos 28% e menos 39%, respectivamente) em contraposição aos do campo (menos 16% e menos 22%).

Uma visão de grossas pinceladas poderia enxergar nesse movimento uma travessia da exclusão regional em que a pobreza instaura seu predomínio na margem urbana, enquanto a maior incidência da miséria se consolida no estuário rural e na órbita dos pequenos municípios ao seu redor.

A superação da miséria absoluta é possível com a extensão dos programas de transferência de renda aos contingentes mais vulneráveis. Mas a emancipação produtiva de parte desses protagonistas requer habilidosa sofisticação das políticas públicas. A boa notícia é que o núcleo duro rural inclui características encorajadoras: os excluídos tem um perfil produtivo, um ponto de partida a ser ativado. Os governos, por sua vez, tem experiências bem sucedidas a seguir. Entre elas, a brasileira, a exemplo do crédito do Pronaf, e das demandas cativas que incluem o suprimento de 30% da merenda escolar e as Compras de Alimentos da Agricultura Familiar, implantadas nos últimos anos. Não por acaso, a pobreza extrema no campo brasileiro caiu de 25% para 14% entre 2002 e 2010 e a renda do agricultor familiar cresceu 33%, três vezes mais que a média urbana nesse mesmo período.

José Graziano da Silva está licenciado do cargo de Representante Regional da FAO para a América Latina e Caribe.



Hip-Hop no "Velho Oeste".

Para que pensa que Chapecó é só "Sertanejo"...
Se engana...
Chapecó tem Rap, Mc, bboy e Grafite...
Chapecó tem Hip-Hop!
Tem "Movimento"!
Reproduzo post do blog "Produto da Mente".

Movimento Hip-Hop MH2C na "Boca da BR" comunidade do Lajedo São José

ENCONTRO HIP-HOP EM CHAPECÓ from Leonardo Santos on Vimeo.

O coletivo de Hip Hop –MH2C  de Chapecó, promoveu evento na comunidade do Lajedo São José,  com a participação de  coletivos dos três estados do sul, a junção destes atores, deu voz aos manos e às minas e mostrou que, mais que um modismo ou que um estilo de música,o hip hop,  hoje tem um alcance global e já massivo, é uma nação que busca congregar excluídos do mundo inteiro. Na pauta do encontro ficou  determinado a criação de uma rede de articulação dos três estados da região sul, com o objetivo de criar uma  ferramenta, que possa, de forma mais efetiva fazer dos coletivos de Hip-Hop uma manifestação cultural das periferias de pequenas e grandes cidades, que envolva  distintas representações artísticas de cunho contestatório, revolucionário, ligadas pela idéia da emancipação, autovalorização da juventude das periferias, por meio da recusa consciente de certos estigmas (violência, marginalidade, drogadição) associados à essa juventude,  para que possa intervir e agir sobre essa realidade a transformá-la.Também ficou preestabelecido a  publicação de informativo,  produção de CD com participação dos coletivos. Extraiu-se o mês e  local, para o próximo encontro, que será em Julho na cidade de Blumenau-SC,  

"É ensurdecedor o brado que emana da goela
do inferno – logo ali, em torno da grande cidade.
Vem em ondas concêntricas e vai tomando
as zonas centrais, as circunvizinhanças dos
ricos condomínios, as universidades – um brado
que fede, que arde, que sangra, que dói –, carregado
de miséria, de fome, de desemprego, de
desabrigo, de violência, de crueldade, de álcool,
de drogas, de estampidos e de carências (de oportunidades,
de educação, de saúde, de respeito, de
direitos, de futuro).
Brado-radiografia de personagens que sobrevivem
no campo minado em que, mesmo antes de nascer,
se é condenado à morte sumária. Um brado que
sempre esteve lá, mas a sociedade jamais poupou
esforços para torná-lo inaudível, imperceptível, impotente.
Brado mudo, num país que tem o orgulho
de se fazer de surdo.
Mas o tempo se incumbiu de amplificar esse
som, que ecoa da periferia. 
Ele ganhou força e vida".
 
Buenas!

domingo, 29 de maio de 2011

"Livro de Receitas"

"...Bem, não quero aqui, dar receitas..."

Essa fala já ouvi várias vezes, de muitos Professores em vários Congressos, Seminários e Palestras sobre Educação e Educação Física.
Já fui questionado algumas vezes sobre o motivo de não escrever sobre minhas aulas.
E, faz tempo que penso sobre escrevê-las por aqui.
Bem, não quero aqui dar receitas... rsrs...
E, tampouco, ser o dono da verdade...
Mas, espero contribuir para um bom debate, para construir conhecimento.
Afinal, essa é a intenção deste blog.
Portanto, sempre aos domingos publicarei aqui algumas de minhas aulas trabalhadas durante esses quase 10 anos de Profissão.
Buenas!
Fica o registro...

Plano de Aula de Educação Física

INTENCIONALIDADE: Mostrar como transformar um jogo individual em um jogo coletivo;
PRÁTICA DE ÁREA: Esportes - Atletismo
1º MOMENTO: Provocar a turma para a prática de uma corrida de velocidade com o tempo de cada participante sendo marcado, anotado e divulgado para cada participante. Após a realização da corrida, problematizar com o grupo sobre o que foi feito, sobre a participação de cada um, se foi individual ou coletiva, se todos participaram igualmente, se o resultado final da corrida foi igual para todos, se todos foram os vencedores e se existe a possibilidade de transformar essa mesma atividade em uma atividade onde todos sejam os vencedores e possam participar coletivamente;
2º MOMENTO: Dialogar com a turma sobre o que foi problematizado, abordando a diferença entre o jogar contra e o jogar com o outro e como isso pode ser aplicado em diversas situações da vida de cada pessoa. Mostrar para a turma como transformar o jogo que foi feito em um jogo coletivo, onde todos participem juntos em busca de um objetivo coletivo, igual para todos. Pedindo para que cada participante some o seu tempo marcado ao dos outros participantes, construíndo assim uma marca coletiva, da turma. E para que o jogo passe a ser realmente coletivo, será preciso que a turma melhore essa marca coletiva, sendo preciso para isso uma nova corrida de cada um. E nessa nova corrida, cada um deverá tentar melhorar seu próprio tempo para que assim consiga ajudar o grupo a superar a marca construída;
3º MOMENTO: Abordar os gestos técnicos das corridas de velocidade e provocar a turma para a nova prática. Por fim, pedir para que cada um registre o que foi feito na aula, tentando mostrar como tranformar outras atividades individuais, existentes na nossa sociedade, em atividades coletivas;
...     

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Notícia boa não é notícia... pra variar...

"Taxa de desemprego é a menor para abril desde 2002."

Essa fala é do IBGE.
E a encontrei na internet.
Mas não vi na tv, no rádio, nos jornais...
E aposto, que se alguém viu, não viu com a devida ênfase!
Até porque, notícia boa não é notícia...
Já dizia a MTV.
É a mídia e seu propósito...
Controlar a opinião do povo.
E a esquerda preocupada em "debater" o Palocci...
Buenas...
Segue o link com a devida ênfase a uma boa notícia:


Em uma semana!

"O Governo marcou para o dia 2 de junho o lançamento do Plano Brasil sem Miséria..."

Essa fala é da Agência Brasil.
Reproduzida no blog "Limpinho e Cheiroso".
E até lá, espero que o "ministro" se explique...
E que o Governo, largue de mão o Palocci...
Até porque, combater a miséria é infinitamente mais importante do que manter um ministro...
Para continuarmos com as políticas de inversão de prioridades.
E de verdade!!!
Segue abaixo o post do blog "Limpinho e Cheiroso" com matéria da "Agência Brasil".
Buenas!

Em 2 de junho, governo lançará o Plano Brasil sem Miséria

Yara Aquino, Agência Brasil

O governo marcou para o dia 2 de junho o lançamento do Plano Brasil sem Miséria, desenvolvido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). A meta é retirar 16 milhões de pessoas da extrema pobreza até 2014.

Entre os objetivos do plano está elevar a renda familiar per capita das famílias que vivem com até R$70,00 por mês, assim como ampliar o acesso aos serviços públicos, às ações de cidadania e às oportunidades geradas por políticas e projetos públicos.

A ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, apresentou na quarta-feira, dia 25, a sindicalistas as linhas gerais do programa e anunciou a data de lançamento do conjunto de ações. A integração entre a formação profissional e a geração de emprego e renda foi um dos pontos defendidos pelo movimento sindical no encontro, de acordo com o secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Quintino Severo.

“Dentro do plano se cruzam propostas de integração de políticas públicas e a ministra apresentou um tema importante que é articular formação profissional com geração de emprego e integração das pessoas no campo da educação”, disse ele.

Segundo os sindicalistas, um levantamento com um mapa das necessidades de cada cidade brasileira está sendo construído para direcionar as políticas públicas. Para isso, a ministra Tereza Campello tem conversado com governadores e prefeitos.

A reunião de quarta, que também teve a participação do ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, faz parte do conjunto de encontros entre movimentos sociais e governo para apresentação do Brasil sem Miséria. As sugestões dos diversos setores poderão ser incorporadas ao plano.

Antes, representantes de trabalhadores rurais, de movimentos sociais urbanos, de organizações não governamentais e movimentos de jovens e negros conheceram as diretrizes da política. Ainda haverá encontros com representantes religiosos e do agronegócio, entre outros setores.

Além da CUT, participaram da reunião representantes de entidades como a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT).

quarta-feira, 25 de maio de 2011

A mídia em cena!!! Pra variar...

"Minha mãe não me deixa ver tv, porque ela tem que ver as novelas dela!"

Essa fala foi feita por uma aluna minha.
Durante uma aula, hoje.
Respondi para ela que não estava perdendo nada.
Que podia aproveitar esse tempo estudando.
Lendo um livro.
Aproveitar esse tempo, negado pela mãe, para adquirir mais conhecimento...
Coisa que não se adquire na televisão.
Infelizmente...
Até porque, instrução e conhecimento para o povo, não é interesse da mídia em geral.
Principalmente na TV pública, nos canais abertos, de mais fácil acesso à maioria da população.
Já escrevi aqui, a mídia defende interesses que são de uma minoria.
Usa seu conteúdo para controle da opinião.
Que atrás, tem um projeto político.
Para favorecer essa minoria.
Voltei a tocar nesse assunto porque já estou de saco cheio de ver e ouvir pronunciamentos, teorias e demais manifestações dessa mídia oportunista, no caso Palocci.
Saco cheio!
Essa é a expressão.
Justamente porque, considero essa mídia, podre e oportunista!
Porque nunca, repito, nunca essa mesma mídia se interessou tanto em tentar "desmascarar" um Governo, do que mostrar suas realizações.
Como é o que vinha (com o ex-Presidente Lula) e continua acontecendo com o Governo Federal, agora com Dilma, no caso Palocci.
Não quero aqui defender o Ministro...
Quero sim, mostrar o oportunismo dessa mídia.
Que não está preocupada em denunciar irregularidades porque está em defesa de justiça social ou porque defende um mundo igual para todos.
Mas que está interessada em "denunciar" para manter o controle da opinião do Povo.
E assim, controlar o Povo.
Buenas!
Como estou de saco cheio, não vou me prolongar demais...
Por isso, vou deixar um link do "Blog da Cidadania", com um texto do Eduardo Guimarães sobre o interesse dessa mídia no atual caso...
Lembrando...
Não quero defender aqui, Palocci e suas condutas imorais...
Até porque, de imoralidade esta mídia não pode falar nada...
Pelas pessoas que ela defende e por seus partidos políticos... principalmente!
E assim, termino por aqui...
Porque não quero me prolongar...

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Vai baratear!!!

"Sobre quais condições?"

Essa fala é minha...
Há alguns dias atrás, tivemos um seminário de formação (?) continuada, aqui em Chapecó.
E, em umas das palestras, quem a ministrava afirmou que não seria possível nos dias de hoje um Professor ensinar sem dominar as tecnologias existentes.
Lembro que, vi na platéia um movimento, tímido, em tom de concordância com o que havia sido dito pelo Professor palestrante.
Lembro que, também concordei com tal afirmação.
E, perguntei, meio que exclamando, para quem estava ao meu lado:
"- Sobre quais condições?!"
A fala que fiz, foi no sentido sobre que condições são oferecidas atualmente para que, nós Professores, tenhamos acesso às mais novas tecnologias.
Lembro que, afirmei também que isso não poderia partir somente do intersse do Professor.
Por motivos óbvios, de conhecimento de todos.
Mas que primeiramente, isso deveria ser fator primordial de Políticas Públicas.
Ou seja, deveria partir primeiro do Poder Público.
O que parece, vai acontecer...
Pelo menos, é o que parece...
Clica aí!
Buenas.

Ah! O Futebol!

Faz tempo que não escrevo sobre isso...
Até porque, sobre o jogado dentro de campo, não há do que falar...
Já o jogado fora de campo...
Ah!
Esse sim...
E a estória começa aqui:
http://blogdojuca.uol.com.br/2011/05/aperitivo/
E, continua por aqui:
http://blogdojuca.uol.com.br/2011/05/teixeira-foi-forcado-a-devolver-dinheiro-de-propina-aponta-programa-da-bbc/
E, infelizmente, não termina aqui:
http://limpinhocheiroso.blogspot.com/2011/05/quase-tudo-como-dantes-no-quartel.html
E a Veja (eca) se preocupa com o atraso nas obras nos estádios da Copa...
Bom, leu na Veja (eca)???
Azar é seu!
Buenas...

domingo, 22 de maio de 2011

Crônica do "Pum"!!!

"Escapou!"

Essa fala foi de umas das crianças das quais sou Professor.
E vida de Professor não é fácil!
Salário baixo, muito baixo...
Sem condições adequadas de trabalho...
Salas de aulas cheias, entúpidas...
Sem material pedagógico...
Sem a tecnologia mais moderna...
Sem acesso à essa tecnologia...
Sem formação continuada decente...
Sem formação profissional decente...
E se, não bastasse tudo isso, tem de conviver com o sempre inesperado "pum"...
É... "pum"... esse mesmo... com seu "cheirinho" avassalador...
Dando seu "ar" da graça, quando menos se espera...
Principalmente, quando o Professor consegue "esquecer" como é ser Professor hoje em dia...
Quando, em virtude do bom desempenho de sua aula, se vê com um sorriso de "orelha à orelha"...
Satisfeito com o aproveitamento das crianças em sua aula...
Com a intencionalidade da aula planejada sendo alcançada...
Com as crianças participando ativamente e igualmente...
Debatendo sobre organização coletiva (assunto da aula) belamente...
Com todos atentos e satisfeitos...
Sem sapequices ou outras coisas mais graves...
A criançada constríndo conhecimento uns com os outros...
Com o Professor fazendo seu papel, o de mediar...
Uma maravilha!
Eis que..
Inocentemente...
Alguém se abaixa para amarrar seus cadarços...
E...
"Um pum escapa"...
Acompanhado de seu "barulhinho" e de seu "cheirinho"...
Para, enfim...
Encerrar a aula!
Porque, depois disso...
É o que resta...
E ninguém mais segura a criançada!
...
Como se não bastasse mais nada...
Hehe...

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Sabe aquele e-mail???

Sabe aquele e-mail?
Aquele que a gente não bola...
Que acha que é "spam"...
Pois é...
Reproduzo aqui um e-mail...
Que não recebi...
Mas encontrei na blogosfera...
Retirado do blog "Guerrilheiros Virtuais".
Buenas!!!
Reflexões sobre um modelo de sociedade...

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Umuntu ngumuntu nagabantu


"Uma pessoa é uma
pessoa por causa das outras pessoas" (Ditado sul africano da tribo Ubuntu)


A jornalista e filósofa Lia Diskin no Festival Mundial da Paz em Floripa (2006) nos presenteou com um caso de uma tribo na África chamada Ubuntu. Ela contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e,quando terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa. Sobrava muito tempo, mas ele não queria catequizar os membros da tribo então, propôs uma brincadeira pras crianças que achou ser inofensiva.
Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com laço de fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore.
Aí ele chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse “já!”, elas deveriam sair correndo até o cesto e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.
As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado.
Quando ele disse “Já!” instantaneamente todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto.
Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.
O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces. Elas simplesmente responderam: “Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?”
Ele ficou de cara. Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo e ainda não havia compreendido, de verdade, a essência daquele povo.
Ou jamais teria proposto uma competição, certo?
Ubuntu significa: Sou quem sou, por quem somos todos nós!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Sobre o Código Florestal...

Reproduzo texto publicado por Gilson Cardoni Filho no sítio "Carta Maior".
Uma análise à Esquerda!

 Amazônia: qual o código da nossa esquerda?

Será o Código Florestal a prova dos nove para o habitual transformismo que, vez por outra, visita forças do campo progressista? É hora de a esquerda se livrar do imaginário herdado do padrão fordista e incorporar a luta pela preservação natural ao seu horizonte político.

Equilíbrio ambiental e desenvolvimento sustentável são elementos indispensáveis para o futuro do país. Exigem do movimento ecológico uma reformulação radical que o torne matriz de uma nova esquerda. A Amazônia é um exemplo. Seu desmatamento é obra conjunta de latifundiários, grandes empresários e empresas mineradoras.

São os inimigos a serem confrontados prontamente. Será o Código Florestal a prova dos nove para o habitual transformismo que, vez por outra, visita forças do campo progressista? Ou talvez a inflexão de fundo seja de maior envergadura. É hora de a própria esquerda se livrar do imaginário herdado do padrão fordista e incorporar a luta pela preservação natural ao seu horizonte político. Fora disso, a palavra progressista torna-se um vocábulo vazio. Um atributo discutível para quem luta no campo democrático-popular. O ciclo da destruição das nossas florestas é sobejamente conhecido

Desde a década de 1960, a grilagem vem sendo ampliada por intervenções como o estímulo à mineração e à expansão da pecuária e da lavoura monoculturista, a abertura ou o asfaltamento de estradas e outros projetos ditos de “povoamento” e, como agora, no caso de projetos de hidrelétricas do Rio Madeira, “desenvolvimento”. E isso desde o simples anúncio, quando tais iniciativas ainda estão no papel.

Todos nós já vimos tramas semelhantes em filmes de faroeste, em que os robber barons tratam de se apossar, por quaisquer meios, das terras por onde vai passar a ferrovia ou ser feita a represa.

Uma vez estabelecida a ocupação, tem início a retirada da madeira de maior valor comercial, destinada às carvoarias e às indústrias moveleira e de construção civil, etapa que pode levar várias estações de corte. Exauridos tais recursos, segue-se a “limpeza” da área, por meio de corte raso e queimada, e o preparo da terra para pastagem.

Quando a extração de madeira se esgota, entra o gado, tipicamente de corte. Em algum momento, a posse é esquentada por títulos falsificados de propriedade que, exatamente por serem falsos, e porque os registros e fiscalização são precários, geralmente não aparecem nas estatísticas oficiais, em que as áreas griladas continuam figurando como terras da União.

Ironicamente, essas “propriedades” serão usadas como garantia para a obtenção de empréstimos e financiamentos junto a bancos, tanto privados como oficiais, e a agências de fomento.

A substituição do gado pela soja ou por outras lavouras extensivas é determinada, mais que por qualquer outro fator, pela demanda por essas commodities e por seus preços relativos nos mercados internacionais, sobre os quais o Brasil não tem qualquer controle: são buyer markets, mercados de compradores. No caso da soja, vale lembrar que há sinergia com a pecuária, já que parte significativa da colheita vai para a produção de farelo empregado em rações animais.

Além disso, o ciclo se expande continuamente. Pois, enquanto a lavoura está entrando numa área, os grileiros e as motosserras estão abrindo novas “frentes de ocupação” em outra, para a qual o gado por sua vez se expandirá ou mesmo deslocará, pois é muito mais fácil deslocar reses do que vegetais.

Se deixada ao sabor do mercado, a floresta de ontem se converte no polo madeireiro de hoje, no pasto de amanhã, na lavoura extensiva de depois de amanhã e, em última instância, em deserto.

O solo característico da Floresta Amazônica, embora rico em elementos não orgânicos como ferro e alumínio, é extremamente pobre em nutrientes, e por si só jamais seria capaz de sustentar florestas. E, no entanto, a floresta está lá. Como? O que sustenta a floresta em pé é a própria floresta.

A decomposição dos detritos vegetais e animais depositados pela própria floresta sobre seu solo forma a “terra preta de índio”, um fino tapete rico em húmus, e são os microorganismos aí presentes que produzem os nutrientes de que as árvores se alimentam.

Quando a cobertura florestal é removida, o ciclo se rompe. Pois a camada de “terra preta” é superficial e, sem a floresta para de um lado renovar os componentes orgânicos e de outro segurá-los, é rapidamente degradada. Até mesmo pela chuva, que nessas condições, sem a floresta para proteger o solo do impacto direto, carrega a terra para as barrancas dos rios acelerando a erosão.

Uma vez derrubada, portanto, a floresta não se recompõe. Disso sabe, ou deveria saber, o deputado Aldo Rebelo. O campo progressista não comporta alianças com forças antagônicas à sua história de combatividade, coerência e superação. Estamos vivendo um debate decisivo para a agenda que a esquerda pretende propor. O fio da navalha onde tudo perde a cor, e dificilmente se refaz, reaparece no cenário político. Como nas florestas degradadas.

Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do Brasil

sábado, 14 de maio de 2011

Notícias Blogosféricas!!!

Algumas notícias que correram o mundo da "Blogosfera"...
Para reflexões noturnas neste sábado!!!

"País rico é País sem miséria"
http://www.cartacapital.com.br/politica/o-bolsa-familia-da-dilma

"Copa no Brasil ou Copa do Brasil"
http://www.cartacapital.com.br/politica/a-copa-do-mundo-e-nossa-mas-o-brasil-pagaria-caro-por-um-mundial-mal-organizado

"Sobre o tal Código Florestal"
http://www.cartacapital.com.br/politica/lei-da-selva

http://rsurgente.opsblog.org/2011/05/12/mudancas-no-codigo-florestal-tem-impacto-nas-cidades-lembra-forum-de-reforma-urbana/

"Reforma Tributária"
http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2011/05/governo-quer-cortar-6-de-impostos-sobre.html

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17781

"Telefonia, Banda-Larga e outras coisas do gênero"
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2011/05/14/tim-telebras-correios-celular-mais-barato/

http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2011/05/fabrica-coreana-de-microeletronica.html

"Mais recursos nos Municípios"
http://www.dilma.com.br/site/archives/1627

"Pra que serve o Twitter"
http://glaucocortez.com/2011/05/14/a-forca-dos-140-caracteres-twitter-continua-sendo-meio-de-externalizar-preconceitos/

"Amor em Revolução"
http://www.rodrigovianna.com.br/colunas/reflexoes/o-homossexualismo-e-o-golpe-de-64.html

"Morreu ou nunca existiu"
http://esquerdopata.blogspot.com/2011/05/senador-americano-diz-que-fotos-de-bin.html

"No Rio Grande amado"
http://rsurgente.opsblog.org/2011/05/12/justica-acolhe-denuncia-de-espionagem-durante-governo-yeda/

"Quem avisa, amigo é"
http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2011/05/gasolina-e-alcool-mais-baratos-nos.html

"Na casa do FHC"
http://www.tijolaco.com/a-gente-diferenciada-mostrou-seu-valor/

"A resistência continua"
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/luiza-bairros-a-pobreza-e-a-cor-da-pobreza.html

Buenas!!!
E se procurar, tem mais...

sexta-feira, 13 de maio de 2011

quarta-feira, 11 de maio de 2011

15 milhões de empregos gerados!

Reproduzo texto publicado no sítio do Ministério do trabalho.
Brasil bate mais um recorde de geração de empregos

Dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) mostra que foram gerados 2,8 milhões de empregos em 2010. Durante o Governo Lula foram gerados 15,3 milhões de empregos formais, entre celetistas e estatutários. Número de trabalhadores formais no país chega a 44 milhões
Brasília, 11/05/2011 – Foram gerados no Brasil em 2010 novos 2.860.809 empregos formais, entre celetistas e estatutários, número recorde para um único ano. A criação de empregos corresponde ao crescimento de 6,9% em relação ao estoque de empregos de dezembro de 2009. Os dados são da Relação Anual de Informações Sociais (Rais 2010), divulgados nesta quarta-feira (11) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.
“O número de empregos nos três principais setores da economia cresceu acima do Produto Interno Bruto (PIB). Entre os 22 subsetores da economia, 18 apresentaram crescimento. A maior riqueza do Brasil é o emprego. O salário do brasileiro é o que garante o crescimento do nosso país”, comentou o ministro.
Clique aqui para conferir os números completos da Rais 2010.
Com o bom desempenho do mercado de trabalho, o número de trabalhadores com vínculos formais ativos chegou a 44,068 milhões. Se forem computados os inativos, esse montante atinge 66,747 milhões. No período do Governo Lula (2003 a 2010), a geração de empregos formais atingiu a marca de 15,384 milhões de novos postos de empregos formais, crescimento de 53,63% ao longo do período.
A média anual de geração de empregos foi de 1,923 milhões de vagas, aumento de 5,51% ao ano, número inédito na história do emprego formal para um período de oito anos consecutivos. De acordo com o ministro Carlos Lupi, isso demonstra a continuidade do processo de formalização da força de trabalho brasileira nos últimos anos.
“Continuamos batendo recordes: cresce o estoque de trabalhadores formais, cresce a geração anual de empregos, cresce o ganho salarial real do trabalhador. Hoje o Brasil é referência mundial em políticas de geração de emprego e renda”, avaliou Lupi.
Do total de empregos formais criados em 2010, 2,590 milhões foram com carteira de trabalho assinada (celetistas), e 270,4 mil vínculos empregatícios estatutários (servidores públicos).
Dados Corrigidos – De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que abrange somente os empregos celetistas, em 2010 foram gerados 2,555 milhões postos de trabalho.
O diferencial entre os dados de criação de empregos da Rais e Caged se reduziu substancialmente, quando comparado com os resultados de 2009, devido à incorporação das declarações fora do prazo no próprio Caged,que antes eram contabilizadas apenas na RAIS. Em 2009, o Caged registrou uma geração de 995,1 mil postos de trabalho, ante uma aumento para 1,473 milhão na Rais, considerando o mesmo universo de empregos celetistas.
Estabelecimentos – A Rais foi declarada por 7,617 milhões de estabelecimentos no último ano, sendo 3,403 milhões com vínculos formais (com empregados), e 4,214 milhões de estabelecimentos sem vínculos empregatícios (sem empregados). Houve um crescimento de 2,47% no total de estabelecimentos, em relação a 2009.
Rendimento médio – Em 2010, o  rendimento médio dos trabalhadores formais apresentou um aumento real de 2,57%, tomando como referência o INPC, ao passar de R$ 1.698,35 em dezembro de 2009 para R$ 1.742,00 em dezembro de 2010. No período de 2003 a 2010, o rendimento médio dos trabalhadores apresentou um crescimento real de 21,29%, proveniente do aumento de 22,13% para as mulheres e de 21,49% para os homens.
Setores – Entre os setores, o de Serviços registrou a maior geração de empregos, com 1,109 milhões de novos postos. Em seguida vem o Comércio, com 689,3 mil empregos, a Indústria de Transformação, com 524,6 mil, e a Construção Civil, com 376,6 mil postos.
Rais – A Relação Anual de Informações Sociais (Rais) é um Registro Administrativo criado pelo Decreto nº 76.900/75, com declaração anual e obrigatória a todos os estabelecimentos existentes no território nacional. As informações captadas sobre o mercado de trabalho formal referem-se aos empregados Celetistas, Estatutários, Avulsos, Temporários, dentre outros, segundo remuneração, grau de instrução, ocupação, nacionalidade.
Entre seus objetivos do relatório estão prestar subsídios ao FGTS e à Previdência Social; permitir o controle da nacionalização da mão-de-obra; auxiliar na definição das políticas de formação de mão-de-obra; gerar estatísticas sobre o mercado de trabalho formal e prestar subsídios ao Cadastro Central de Empresas (CEMPRE) do IBGE e às pesquisas domiciliares, além de ser utilizada para identificar os trabalhadores com direito ao recebimento do benefício do Abono Salarial.

Assessoria de Imprensa do MTE

terça-feira, 10 de maio de 2011

Outro humor com fundo de realidade!!!

"Um funcionário público entra na sala do Prefeito e diz:
- Prefeito! Eu tenho AIDS.
E o Prefeito responde:
- O que? Como assim?
- AIDS - Alto Índice de Defasagem Salarial!
Esclarece o funcionário..."

Humor com fundo de realidade!
Principalmente aqui...
Em Chapecó!
Infelizmente.

Um humor com fundo de realidade!!!

"Tá reclamando do quê? Deveria dar graças a Deus. Isso pra você não foi um crime, e sim uma oportunidade."

Essa fala é do humorista (?) "Rafinha Bastos".
Publicada na revista "Rolling Stone".
Rafinha Bastos, é aquele mesmo, do programa do CQC.
A fala, é parte de uma de suas piadas (?) apresentadas em seus shows, de comédia tipo "stand up".
Na sua piada (?) ele afirma que mulheres feias não podem reclamar de serem estupradas...
???
Coloquei essa fala e fiz esse post porque, há algumas semanas atrás "baixei" da internet o show do dito "artista" para assistir...
E os temas abordados para fazer o "povo" rir são todos, na sua maioria, da mesma linha da piada infâme que citei acima...
Se aproveita pouca coisa pra rir... sem peso na consciência!
E, das duas, uma!
Ou, o próprio Rafinha acredita no "teor" das piadas que faz e por isso elas são feitas...
Ou, elas são feitas para um tipo de público que "vê" nas piadas, reflexos de uma visão de mundo...
É o humor com um fundo de realidade...
...
Vou deixar um link de um texto publicado no "Blog do Miro", extraído "Blog do Mello", que traz uma reflexão sobre esse tipo de "humor".
Buenas!
Tem coisas bem melhores para se fazer rir...



Combate à inflação e com distribuição de renda!!!

"Instituto sustenta que estabilidade monetária é uma conquista importante, mas país não pode prescindir da distribuição de renda"...

Essa fala é do DIEESE.
Publicada no sítio da revista "Brasil Atual".
Com a qual, eu concordo plenamente!
Reproduzo abaixo a matéria da revista...


Combate à inflação não pode excluir crescimento dos salários, afirma Dieese

Instituto sustenta que estabilidade monetária é uma conquista importante, mas país não pode prescindir da distribuição de renda
Publicado em 10/05/2011, 17:20
Última atualização às 17:25
São Paulo – A estabilidade monetária é uma conquista importante, mas o país não pode prescindir do crescimento e da distribuição da renda, afirma o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em nota técnica sobre a inflação divulgada nesta terça-feira (10). "Uma política de combate à inflação que ignore a necessidade de crescimento, distribuição de renda, elevação do emprego e dos salários no Brasil pode pôr em risco os avanços conquistados no período recente", diz o instituto.
Na análise, o Dieese observa que as causas da recente elevação da inflação não estão claramente determinadas. "Há um conjunto de situações que, de uma forma ou de outra, pressiona para cima o nível geral de preços." Entre esses fatores, estão alimentos, commodities, aquecimento da demanda, oligopólios, tarifas públicas, preços administrados, inflação mundial e as próprias expectativas criadas no mercado. Assim, os técnicos chamam a atenção para o que chamam de alarmismo, estimulado por alguns dos chamados formadores de opinião.
"A exacerbação, às vezes por motivos inconfessáveis, da importância de variações sazonais de alguns preços também ajuda a criar expectativas negativas em relação ao comportamento futuro da economia. Na esteira desse alarmismo, setores formadores de opinião propugnam, em defesa da estabilização, o aumento das taxas de juros, o que, neste instante, só beneficiará os rentistas e o setor financeiro."
Esses mesmos setores, acrescenta o Dieese, apontam os reajustes salariais como causa de aceleração da inflação. "Para justificar tal argumento, utilizam a produtividade do trabalho como referência para a concessão de aumentos salariais, sem se ter claro como medir essa produtividade", critica a nota.
O Dieese lembra ainda que a arrecadação de impostos tem aumentado. As principais causas dessa elevação são o recolhimento do PIS/Cofins e do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ). O primeiro indica o aumento de faturamento, enquanto o segundo significa aumento de lucro.
Em um país de forte memória inflacionária, é importante não descuidar do combate à inflação, "especialmente em períodos de aceleração", defende o Dieese. "A terapia de enfrentamento, contudo, não pode prescindir de amplo diagnóstico que incorpore objetivos mais abrangents relacionados ao desenvolvimento do país."
O instituto sustenta que o aumento de preços não está, necessariamente, vinculado aos salárois. "Não há dúvidas de que a demanda cresceu nos últimos anos e tem influência sobre a elevação dos preços nos últimos meses", reconhece. Mas os técnicos consideram que o consumo das famílias tem crescido em ritmo próximo a do Produto Interno Bruto (PIB).
Os gastos das famílias são o principal componente da demanda agregada, e realmente são mais sensível às variações salariais. Mas despesas do governo e investimentos, outras duas categorias que compõem a "absorção interna", têm mostrado crescido a uma velocidade maior que os gastos das famílias, segundo a nota.
Com maior demanda por mão de obra, é normal que os salários cresçam, lembra o Dieese. "Apesar de as empresas entenderem que o ritmo de crescimento da produtividade é inferior ao dos salários desde 2010, desconsideram os expressivos ganhos de produtividade ocorridos desde 1990. As negociações coletivas, por sua vez, sempre buscam manter o poder de compra dos salários entre as datas base e incorporar aumentos de produtividade já apropriados pelas empresas. Em outras palavras, as negociações não projetam o futuro, mas apenas tentam recuperar algo consolidado no passado, ganhos já auferidos pelas empresas."
Os técnicos do instituto citam outros custos relacionados à atividade empresarial "que superam em larga medida a falsa questão dos aumentos salariais". Entre esses custos, estão taxas de juros, câmbio, logística, estrutura tributária, preços de commodities, tarifas indexadas de energia elétrica e telecomunicações. Fatores que afetam a competitividade das empresas. "Nesse sentido, há uma enorme variedade de ajustes a serem feitos antes de se chegar aos salários."

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A invenção da Guerra.

"Cada grande guerra se “justifica” pelo que mais tarde (demasiado tarde) aparecerá como uma simples desinformação".

Essa fala foi publicada no sítio "Pátria Latina".
Em um texto que vou reproduzir...
Sobre a invenção da guerra!


Dez guerras e dez mentiras midiáticas

Por Michel Collon, no sítio Pátria Latina:

Cada guerra é precedida por uma mentira dos meios de comunicação de massa. Hoje Bush ameaça a Venezuela e o Equador. Amanhã será o Irã? E depois, quem mais? (...) Recordemos simplesmente quantas vezes os mesmos Estados Unidos e os mesmos meios já nos manipularam. Cada grande guerra se “justifica” pelo que mais tarde (demasiado tarde) aparecerá como uma simples desinformação. Um rápido inventário:


1) Vietnã (1964-1975)

Mentira midiática: Nos dias 2 e 3 de agosto o Vietnã do Norte teria atacado dois barcos dos Estados Unidos na baía de Tonkin.

O que se saberá mais tarde: Esse ataque não aconteceu. Foi uma invenção da Casa Branca.

Verdadeiro objetivo: Impedir a independência de Vietnã e manter o domínio dos Estados Unidos na região

Conseqüências: Milhões de vítimas, malformações genéticas (agente laranja), enormes problemas sociais.

2) Granada (1983)

Mentira midiática:: A pequena ilha do Caribe foi acusada de que nela se construía uma base militar soviética e de trazer perigo à vida de médicos americanos.

O que se saberá mais tarde: Absolutamente falso. O presidente Reagan inventou esses pretextos.

Verdadeiro objetivo: Impedir as reformas sociais e democráticas do premiê Bishop (depois assassinado).

Conseqüências: Brutal repressão e restabelecimento da tutela de Washington.

3) Panamá (1989)

Mentira midiática: A invasão tinha o objetivo de prender o presidente Noriega por tráfico de drogas.

O que se saberá mais tarde: Formado pela CIA, o presidente Noriega reclamava a soberania ao fim do acordo do canal, o que era intolerável para os Estados Unidos.

Verdadeiro objetivo: Manter o controle dos Estados Unidos sobre essa estratégica via de comunicação.

Conseqüências: Os bombardeios dos Estados Unidos mataram entre 2 e 4 mil civis, ignorados pelos meios.

4) Iraque (1991)

Mentira midiática: Os iraquianos teriam destruído parte da maternidade da cidade de Kuwait.

O que se saberá mais tarde: Invenção total da agência publicitária Hill e Knowlton, paga pelo emir de Kuwait.

Verdadeiro objetivo: Impedir que o Oriente Médio resista a Israel e se comporte com independência em relação aos Estados Unidos.

Conseqüências: Inumeráveis vítimas da guerra, depois um longo embargo, inclusive de medicamentos.

5) Somália (1993)

Mentira midiática: O senhor Kouchner aparece na cena como herói de uma intervenção humanitária.

O que se saberá mais tarde: Quatro sociedades americanas tinham comprado uma quarta parte do subsolo somali, rico em petróleo.

Verdadeiro objetivo: Controlar uma região militarmente estratégica.

Conseqüências: Não conseguindo controlar a região os Estados Unidos a manterão num prolongado caos.

6) Bósnia (1992-1995)

Mentira midiática: A empresa americana Ruder Finn e Bernard Kouchner divulga a existência de campos de extermínio sérvios.

O que se saberá mais tarde: Ruder Finn e Kouchner mentiram. Eram apenas campos de prisioneiros. O presidente muçulmano Izetbegovic o admitiu.

Verdadeiro objetivo: Quebrar uma Iugoslávia demasiado esquerdista, eliminar seu sistema social, submeter a zona às multinacionais, controlar o Danúbio e as estratégicas rotas dos Bálcãs.

Conseqüências: Quatro atrozes anos de guerra para todas as nacionalidades (muçulmanos, sérvios, croatas). Provocada por Berlin, prolongada por Washington.

7) Iugoslávia (1999)

Mentira midiática: Os sérvios cometem um genocídio contra os albaneses do Kosovo.

O que se saberá mais tarde: Pura e simples invenção da OTAN como o reconheceu Jaime Shea, seu porta-voz oficial.

Verdadeiro objetivo: Impor o domínio da OTAN nos Bálcãs e sua transformação em polícia do mundo. Instalar uma base militar americana no Kosovo.

Conseqüências: Duas mil vítimas dos bombardeios da OTAN. Limpeza étnica de Kosovo pelo UCK, protegido pela OTAN.

8) Afeganistão (2001)

Mentira midiática: Bush pretende vingar o 11 de setembro e capturar Bin Laden.

O que se saberá mais tarde: Não existe nenhuma prova da existência dessa rede. Além disso, os talibãs tinham proposto extraditar Bin Laden.

Verdadeiro objetivo: Controlar militarmente o centro estratégico da Ásia, construir um oleoduto que permitisse controlar o abastecimento energético do sul da Ásia.

Conseqüências: Ocupação extremamente prolongada e grande aumento da produção e tráfico de ópio.

9) Iraque (2003)

Mentira midiática:: Saddam teria perigosas armas de destruição, afirmou Colin Powell nas Nações Unidas, mostrando provas.

O que se saberá mais tarde: A Casa Branca ordenou falsificar esses relatórios (assunto Libby) ou fabricá-los.

Verdadeiro objetivo: Controlar todo o petróleo e chantagear seus rivais; Europa, Japão, China…

Conseqüências: Iraque submerso na barbárie, as mulheres devolvidas à submissão e ao obscurantismo.

10) Venezuela – Equador (2008?)

Mentira midiática: Chávez apoiaria o terrorismo, importaria armas, seria um ditador (o pretexto definitivo parece não ter sido escolhido ainda).

Verdadeiro objetivo: As multinacionais querem seguir com o controle petroleiro e de outras riquezas de toda América Latina, temem a libertação social e democrática do continente.

Conseqüências: Washington empreende uma guerra global contra o continente: golpes de estado, sabotagens econômicas, chantagens, estabelecimento de bases militares próximas às riquezas naturais.

* Tradução de Antônio Mello, do Blog do Mello.
 

Algumas considerações!

Me desliguei um pouco do blog na semana que passou...
Sei lá...
Me deu vontade...
Talvez porque estive envolvido com o aniverário de minha filha amada...
Talvez porque estive envolvido em uma "feira educional" oferecida como cursos (?) de formação continuada pela Prefeitura de Chapecó...
Talvez porque estive envolvido com a visita de meus pais nesse final de semana...
Talvez porque estive envolvido com o Dia das Mães...
Talvez...
Mas algumas coisas aconteceram e se tornaram os principais assuntos na boca do povo!
A morte do Osama confirmada pela Al Qaeda, foi um desses assuntos...
E aí, eu fico desconfiado da existência também da tal de Al Qaeda.
Outro assunto foi a aprovação da Lei de União Estável entre parceiros do mesmo sexo...
A "União Homoafetiva".
Um salve para isso, mostra que mesmo com um atraso monstruoso, ainda há algo de humano nos seres humanos.
Pois relações homoafetivas existem desde que o mundo é mundo.
É mais antiga que os próprios homens e mulheres.
Mas ainda, é preciso acabar com o preconceito que existe na cabeça de um monte de "humanos"...
A inflação foi outro assunto, principalmente pelas diferentes mídias...
Que pregam sua alta e ao mesmo tempo já se dobram afirmando que ela está baixando.
"Pressão do mercado"...
Sim, sim, olho grande, isso sim!
E nesse mesmo sentido, outro assunto comentado foi a notícia dada pelo Ministro Guido Mantega de que a gasolina deve ter uma baixa considerável até o fim de maio...
Muito boa notícia!!!
Buenas...
No fim das contas, foram mais assuntos bons do que ruins...
Como diz a propaganda da Coca-Cola, "os bons são a maioria"!
Hehe...
Ah! teve futebol também como assunto...
Mas disso, eu já "disse", que não escrevo mais nada!!! 

terça-feira, 3 de maio de 2011

Osama morreu? Ou não???

"O que os EUA fazem quando estão em crise? Inventam um guerra."

Essa fala é minha.
Ah! Esses "Estados Unidos"...
Quero fotos!!!
Senão...
Vou duvidar!!!
Enquanto isso fiquemos com um link do "Blog da Cidadania" para refletir...

http://www.blogcidadania.com.br/2011/05/por-que-%e2%80%9cmataram%e2%80%9d-bin-laden/

Ah!
Recomendo também...
Assistir a "Fahrenheit 11/9" de Michael Moore.
Buenas!

Notícia boa também é notícia!

"FVG: Desigualdade no Brasil atinge menor nível histórico."

Essa fala é da Fundação Getúlio Vargas.
Publicada em matéria do sítio "Terra".
Nem só de notícia ruim vive a mídia.
Olha só:

http://not.economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201105031548_EST_79635785

E esse papo de inflação???

"Vamos combater a inflação com medidas macro-prudenciais."

Essa fala é do Banco Central.
Sobre como vai combater a inflação.
Hoje, só se fala em inflação.
Ela está em todas as mídias.
É tema dos textos das colunas de todos os jornais...
Sejam eles impressos, falados, televisionados ou virtuais.
As pessoas em geral estão com esse tema na ponta da língua.
Mesmo que nem saibam o que é isso.
Ou, como se mede isso.
Saber, então, como isso pode ser combatido... nem pensar...
O papel do Governo então???
Buenas...
Que a inflação está aí, todo mundo sabe (mesmo que sem querer)...
E deve ser controlada.
E será!
Mas, para mim, está mais para "teoria da conspiração".
"Pressão do Mercado".
"Olho Grande"...
Mesmo assim, "prudência e dinheiro no bolso, canja de galinha não faz mal a ninguém"...
Vou reporduzir um post do sítio "Conversa Afiada", do Paulo Henrique Amorim, que traz a estratégia do Banco Central, com uma análise bem humorada...

A inflação não vai voltar. É tudo terrorismo dos bancos e do PiG

Os bancos e seus Navy Seals no PiG (*) desencadearam (como diria a manchete de hoje da Folha (**) ) uma ofensiva contra o Banco Central.

Como sabe, pela primeira vez em muitos anos a diretoria do Banco Central da Presidenta não tem nenhum banqueiro.

O Banco Central sem banqueiro anunciou que vai combater a inflação – baixa, para padrões internacionais – com juros, a longo prazo, e com medidas que hoje se chamam de “macro-prudenciais”.

Por exemplo, controlar o volume do credito disponível, reduzir a alavancagem – coisas de que os Medici, em Florença, já conheciam.

Porém, isso se conflita com a Teologia Neoliberal, que prega juro na veia !

A Teologia dos bancos e seus Navy Seals, que pregam na televisão do PiG – tevê aberta, especialmente muito cedo ou na alta madrugada (que ninguém vê), e na fechada (que ninguém vê).

Hoje, no Valor, na pág. A2, Delfim Netto que, enquanto dorme entende mais de Economia do que todos os Teólogos e seus Navy Seals acordados, trata da estratégia do
Governo e do Banco Central para combater a inflação.

Ele enfatiza:

- o Banco Central vai ajustar os juros de forma “suficientemente prolongada”, o que deve angustiar os banqueiros e seus diretores, de olho nos bônus gordos;

- os números do Orçamento indicam que o Governo vai MESMO controlar as despesas de custeio;

(Logo, as despesas de investimento, como as obras do PAC – a conclusão da Norte-Sul e da Transnordestina – ou o dinheiro do Bolsa Família e do Pronatec, nisso não se toca ! Pobre vai ter qualificação – que horror !)

- Delfim desconfia que ocorra hoje no Brasil uma mudança importante no mercado de trabalho. Um horror !, amigo navegante ! Os salários aumentaram porque aumentou a demanda de mão de obra. Um horror ! Assim não dá !

São aqueles filhos de cortadores de cana e de pescadores que foram para escola técnica e hoje trabalham nos estaleiros de Suape, em Pernambuco.

Um horror !

- “… a mudança na estrutura da oferta e da demanda de mão de obra produzidas pelo processo civilizatório que estamos vivendo … não pode ser corrigida apenas pela taxa de juros, ” explica Delfim, de forma mais educada.

Ou seja, amigo navegante, o “processo civilizatório” – que deu comida, alimentação, qualificação e salário aos pobres – tem que ser interrompido.

Com um choque de juros.

Para derrubar a economia.

E arrochar o salário.

É a Teologia Neoliberal dos bancos e seus Navy Seals do PiG (*).

Tchurma que perdeu as três últimas eleições.

Paulo Henrique Amorim

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O Trabalho de Dilma!

Quer saber o que a Presidenta Dilma faz?
E o que ela vem fazendo?
Quer saber qual é a função da Presidenta?
Clica no link abaixo...
O link é do blog "Os Amigos do Presidente Lula".
Que traz um texto publicado pelo sítio "Carta Maior".
Sobre o que tem feito a Presidenta nesses seus dias de trabalho.
E, não é pouca coisa...
Vale a pena ler!

http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2011/05/agenda-transformadora-de-dilma.html

domingo, 1 de maio de 2011

Um texto de Emir (5) para este 1º de Maio!!!

"1º de Maio, Dia dos Trabalhadores e não do Trabalho"...

Essa fala é de Emir Sader.
Feita em um texto seu...
Que reproduzir aqui no blog.
Em homenagem ao Dia dos Trabalhadores.
Dos Trabalhadores...
E não, do Trabalho!

Elogio dos trabalhadores

O homem se diferencia dos outros animais por vários aspectos, mas o essencial é a capacidade de trabalho. Os outros animais recolhem o que encontram na natureza, enquanto o homem tem a capacidade de transformar a natureza. Para produzir as condições da sua sobrevivência, o homem transforma o meio em que vive, pela sua capacidade de trabalho, gerando a dialética mediante a qual ele modifica o mundo e ao mesmo tempo se modifica, intermediado pela natureza.

Ao longo do tempo, a constante das sociedades humanas é a presença dos trabalhadores, sob distintas formas – escravos, servos, operários -, responsáveis pela produção dos bens da sociedade. A forma de exploração da força de trabalho é que variou, definindo o caráter diferenciado de cada sociedade.

Porém, a exploração do trabalho por outras classes sociais fez com que o trabalhador não controlasse sua força de trabalho, produzindo para a acumulação de riquezas dos outros. O trabalho foi sempre um trabalho alienado, em que os trabalhadores produzem, mas não são donos do produto do seu trabalho, nem decidem o que produzir, como produzir, para quem produzir, a que preço vender o que produzem. E tampouco são remunerados pela riqueza que produzem, recebendo apenas o indispensável para a reprodução da sua força de trabalho. Quem se apropria do fundamental da riqueza produzida é o capital, que assim acumula, se expande, se reproduz, enquanto os trabalhadores apenas sobrevivem.

Um dos fenômenos centrais para a instauração do capitalismo foi o término da servidão feudal, com os trabalhadores ficando disponíveis para vender sua força de trabalho para quem possui capital. Estes vivem do capital e da exploração da força de trabalho dos trabalhadores, enquanto estes, dispondo apenas dessa força tem que vendê-la, para poder acoplá-la a meios de produção, nas mãos dos capitalistas.

Essa imensa massa de trabalhadores que passou a produzir toda a riqueza das sociedades contemporâneas foi objeto de um processo de intensa exploração do seu trabalho, com condições brutais de trabalho, jornadas longas – de 14 ou até 16 horas. Na resistência a essas condições de exploração foi se organizando o movimento operário, tanto em sindicatos, como em partidos políticos, gerando um protagonista essencial na democratização das nossas sociedades.

A direita não perdoa os sindicatos. Na ultima campanha eleitoral brasileira e na velha mídia, os dirigentes sindicais não são tratados como representantes democráticos e legítimos dos trabalhadores, mas quase como gangsters, que se infiltram no governo para defender seus interesses contra os interesses da maioria. Faz parte do ódio que as velhas elites têm do povo brasileiro, que é trabalhador, que produz as riquezas do Brasil, que trabalha jornadas longuíssimas, é explorado pelas grandes empresas, mas não teve, até recentemente, possibilidade de fazer ouvir sua voz no país e no Estado.

Neste Primeiro de Maio, Dia dos Trabalhadores (e não do Trabalho, como insiste a velha mídia), é preciso recordar que a data vem de uma grande manifestação realizada em Chicago em 1886, pela diminuição da jornada de trabalho para 8 horas, duramente reprimida pela polícia, com a morte de vários trabalhadores.

Que a jornada é praticamente a mesma, embora as condições tecnológicas para explorá-la tenha avançado gigantescamente e, com ela, os lucros das grandes empresas que exploram os trabalhadores. Um momento propício para avançar no projeto de redução da jornada de trabalho, para fazer um mínimo de justiça ao esforço heróico e anônimo dos milhões de trabalhadores que constroem o progresso do Brasil.
01/05/2011
Postado por Emir Sader às 03:43