Buenas! Bem Vindo ao Blog do Prof. Diego - "Tema Gerador".

Esse blog é destinado a informar e construir conhecimento referente a diversos assuntos do cotidiano. Sempre a partir de um "Tema Gerador" retirado de falas presentes no mundo real ou virtual de nossas vidas e com a intenção de transformar a realidade!

Aproveite, opine e indique!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Nosso Norte é o Sul!!!

Post do sítio "Conversa Afiada".
E tem gente que acha que aqui tá ruim...
Vai pro "Norte", então!
Lá é que tá bom...
Buenas!
Emprego nos dá dignidade.
Agora, é organizar para desorganizar...
Quem tenta nos manter na alienação.
REDUÇÃO DA CARGA HORÁRIA DE TRABALHO, JÁ!
VALORIZAÇÃO SALARIAL E MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO, JÁ!

Desemprego é o menor desde FHC. Carteira assinada aumenta Conversa Afiada

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

???

Quer saber o "patrimônio" de nossos parlamentares???
Na imagem acima tem uma lista dos 30 maiores patrimônios...
E, para ver a lista completa...
É só ir ao sítio do "CONGRESSO EM FOCO", clicando aí, no link...
Buenas!
Procure o seu e veja se ele "vale" tudo isso...
Para isso, basta procurar o que o "seu" tem feito...
???

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Nunca jogue uma ideia fora!!!

Reproduzo link de um post do sítio "LUIS NASSIF ON LINE".
Com original do sítio "Dinheiro Vivo".
Sobre ideias estúpidas que renderam milhões!
Ou seja, alguém que resolveu dar uma de "Profº Pardal"...
E, ficou rico...
Milhonário!
Buenas...
Nunca jogue uma ideia fora.
Ela pode valer milhões!


Manual para abrir Igrejas...

"Pequenas Igrejas, grande negócios".

Essa fala...
Na verdade, eu não lembro de quem é...
Mas ouvi pela primeira vez, se não me engano, de meu amigo Rodrigo.
Pelo menos, eu acho...
Mas é uma bela reflexão!
É uma questão de "fé no negócio"...
Enfim...
Quer saber como se faz para abrir uma Igreja?
O blog "LIMPINHO E CHEIROSO" tem uma cópia do manual...
Pois, o original, está no blog "Meus Pensamentos"...
É só clicar no link abaixo e ver como se faz...
Ah!
Se faltar um pouco de criatividade na hora de escolher um nome para o "negócio"...
Procure na internet exemplos de algumas Igrejas já registradas...
Inspire-se...
E, divirta-se...
Buenas!

domingo, 13 de novembro de 2011

Receita de Domingo!!!

Hoje a "receita" não é uma aula.
Até queria que fosse...
Mas, eu li um matéria no sítio "VI O MUNDO" que achei muito importante.
Já compartilhei no Facebook...
E, agora, quero reproduzir aqui.
O tema da matéria é sobre um "problema" que vem aumentando cada vez mais nas escolas...
Aumentando, muitas vezes de forma "duvidosa"...
O famoso "TDAH".
Transtorno Déficit de Atenção e Hiperatividade.
Cujo diagnóstico feito pelos Médicos para identificar tal "problema" é baseado no manual americano de diagnósticos para doenças mentais.
Manual criado pelo Dr. Allen Frances.
E, que, segundo ele, precisa ser "melhorado"...
Buenas!
Vou reproduzir aqui a matéria para mostrar porque achei isso mais interessante!!!
E para mostrar também, porque esse "problema" vem aumentando de forma "duvidosa"...

Allen Frances: Um alerta a médicos e pais sobre o déficit de atenção

por Heloisa Villela, especial para o Viomundo, de Washington

Enviei o e-mail como tantos outros, sem grandes expectativas já que o destinatário era um figurão. Psiquiatra e professor Emeritus da Unversidade Duke, o Dr. Allen Frances presidiu a força-tarefa que elaborou o DSM-IV, o manual americano de diagnósticos das doenças mentais, publicado em 1994. É uma verdadeira bíblia para os psiquiatras americanos. Com base no que está escrito ali, eles decidem os diagnósticos. Em geral, o tratamento envolve drogas. Agora, está em elaboração o DSM-V, que vai promover mudanças na versão anterior. Foi por conta das mudanças que escrevi o e-mail. Surpresa foi o telefonema, menos de vinte minutos depois de apertar a tecla “enviar”.
O Dr. Frances chamou de volta rapidamente e explicou: “É muito importante falar sobre isso, promover o debate”. Ele está preocupado. Acha que a versão anterior do DSM ampliou demais as definições de algumas doenças, como o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, permitindo incluir no diagnóstico pessoas que, segundo ele, jamais deveriam ter sido tratadas. Pior, diz ele, o DSM-V pode tornar o problema ainda maior. Por isso, o dr. Frances está encabeçando um abaixo-assinado pedindo mudanças e sugere que profissionais da área, do mundo inteiro, se unam para pressionar.
No Brasil, a grande maioria dos psiquiatras infantis adota os critérios americanos para diagnosticar e tratar o TDAH, apesar das grandes diferenças entre a nossa cultura e a dos Estados Unidos. Este transtorno é detectado por um conjunto de comportamentos da criança considerados desviantes. Diferentes do que se espera, na média. Mas me parece que o comportamento esperado das crianças, no Brasil, tem lá suas diferenças em relação ao que os pais e educadores esperam da criançada aqui nos Estados Unidos.  Neste fim de semana, do dia 11 ao dia 14, vai se realizar em São Paulo um seminário sobre “Medicalização da Educação”. Serei uma das palestrantes. Por conta disso, decidi fazer a entrevista com o Dr. Frances.
Viomundo – O sr. tem escrito, com frequência, a respeito do grande número de casos de TDAH nos Estados Unidos e no mundo. Por quê?
Allen Frances – Eu acho que já existe um aumento surpreendente e alarmante do número de diagnósticos de TDAH e se segue a isso o excesso de prescrições de estimulantes. Parte disso tem a ver com mudanças feitas no DSM-V mas é, principalmente, consequência da campanha de marketing agressiva da indústria farmacêutica, que começou três anos depois da publicação do DSM-V. E foi incentivada por dois motivos: trazer para o mercado novas drogas que ainda estavam sob patente e por isso mesmo poderiam ser vendidas por um preço alto. Em segundo lugar, nos Estados Unidos houve uma mudança na regulamentação que permitiu à indústria farmacêutica fazer propaganda direta ao consumidor, permitindo a eles colocar anúncios na TV, divulgar informação na internet, atingir pais, crianças, professores e médicos, especialmente clínicos gerais que foram encorajados a ver TDAH em comportamentos que antes não eram considerados parte do TDAH. Isso incentivou diagnósticos fáceis e um grande aumento no número de prescrições. O DSM-V promete piorar isso tudo ainda mais.
Viomundo – Como?
Allen Frances – Reduzindo os padrões para se chegar a um diagnóstico infantil e pior, mais temerário, tornando muito mais fácil chegar a um diagnóstico em adultos. E isso é um problema porque sintomas de distração e falta de concentração estão presentes na maior parte da população e também em todas as doenças psiquiátricas. De acordo com o critério sugerido pelo DSM-V, várias pessoas que têm problemas normais de concentração no dia-a-dia serão erroneamente diagnosticadas com TDAH. E também vai aumentar o número de diagnósticos equivocados de outras doenças psiquiátricas.
Viomundo – O Sr. pode dar exemplos mais concretos sobre as mudanças desses padrões?
Allen Frances – No caso do TDAH, a doença tem que aparecer antes dos sete anos de idade. Isso foi feito para limitar o diagnóstico a pessoas que tinham sintomas clássicos desde cedo e diferenciá-las das pessoas que mais tarde apresentam problemas de atenção, comuns na vida, ou que tenham outras doenças psiquiátricas. O DSM-V vai elevar o critério para 12 anos de idade, tornando tudo mais confuso e incluindo adolescentes e adultos. Será um grupo de TDAH que não fazia parte do DSM-IV. E também vai reduzir de 6 para 3 o número de critérios exigidos (nota do Viomundo:  o DSM-IV lista vários sintomas de TDAH e se o paciente apresentar 6 deles, é diagnosticado como portador. De acordo com o DSM-V, bastarão 3 itens da lista).
Será facílimo para adultos normais, eu e você, sermos diagnosticados com a doença e mais difícil para pessoas com outras doenças psiquiátricas que causam problemas de atenção e distração, serem diagnosticadas corretamente e não com TDAH. E existe outro problema: os remédios usados para tratar TDAH são muito populares para melhorar desempenho ou como recreação entre os “normais”. Nos Estados Unidos existe um enorme mercado secundário, ilegal, dessas drogas, compradas com prescrição médica e passadas adiante para serem vendidas. Então, não é apenas um problema para pessoas que serão erroneamente diagnosticadas, mas também é um problema de saúde pública incentivar o aumento de prescrições dessas drogas quando não é realmente necessário. E torná-las ainda mais disponíveis no mercado ilegal.
Viomundo – E me parece, também, que não existe um estudo científico conclusivo a respeito dos possíveis efeitos colaterais do uso de longo prazo desses remédios para os cérebros das crianças, que ainda estão se desenvolvendo.
Allen Frances – Acho que de forma geral, o que aconteceu nos últimos 15 anos foi uma abertura de mercado massiva de novos remédios para a indústria farmacêutica para o uso de antipsicóticos, antidepressivos e estimulantes para crianças e adolescentes. E isso foi feito como uma experiência de saúde pública e ainda não sabemos quais serão os efeitos. E foi feito com base em pouquíssima informação. Muitas das sugestões do DSM-V podem ser úteis nas mãos dos especialistas que as estão escrevendo. Que se especializam nessa área, têm bastante tempo para avaliar e que usarão os critérios com bastante cuidado. O que eles precisam entender é como tudo isso é traduzido para o mundo real da medicina, com médicos sobrecarregados. O que a indústria farmacêutica conseguiu fazer foi “educar” médicos, pais, professores e muitas vezes as próprias crianças para reinterpretar qualquer problema que estejam apresentando como TDAH. Muitas vezes isso pode ser útil, mas em muitos casos, foi bem além do limite. Existe um problema mundial, hoje, que é do excesso de diagnósticos e de medicalização da TDAH que o DSM-V vai agravar, especialmente no caso dos adultos.
Viomundo– O sr. não participou da redação do DSM-V, certo?
Allen Frances – Não participei até dois anos atrás, quando me alarmou o número de sugestões descuidadas e arriscadas que podem levar ao excesso de diagnósticos e tratamentos. Por isso, venho criticando nos últimos dois anos e meio.
Viomundo – O sr. presidiu a força-tarefa que elaborou o DSM-IV. Quando se deu conta que ele estava ampliando demais as chances de diagnóstico?
Allen Frances – Nós fomos muito cuidados e até conservadores na elaboração do DSM-IV. O que não antevimos suficientemente foi que as sugestões poderiam ser mal utilizadas na medicina geral. Fizemos pouquíssimas mudanças em relação ao sistema anterior. Mas o que acho que aconteceu foi que o material do livro foi promovido, pelas empresas farmacêuticas, de forma que os médicos não usaram os critérios como se sugeria, exatamente, e sim para fazer diagnósticos apressados, sem o rigor exigido pelos critérios estabelecidos. Então, acho que existem duas fases: uma quando foi escrito e outra de como foi usado. E acho que a melhor coisa que o DSM-V pode fazer agora é, ao invés de escancarar a cerca ainda mais, é limitar os critérios e incluir alertas sobre o excesso de diagnósticos. Mas o que o DSM-V está fazendo é tornar ainda mais fácil diagnosticar. E estou sugerindo justamente o oposto.
Viomundo – O sr. tem alguma esperança de que essas mudanças serão feitas?
Allen Frances – Existe um abaixo-assinado circulando agora. Cerca 5.000 profissionais da área de saúde mental o assinaram na primeira semana. Se esse abaixo-assinado decolar e centenas de milhares de pessoas o assinarem, acho que o DSM-V vai ter que tomar conhecimento. No jornal Psychiatric Times existe uma série de artigos sobre o assunto, nas duas últimas semanas (www.psychiatrictimes.com).
Viomundo – No fim de semana vai haver um seminário no Brasil sobre medicalização da educação. Ele foi organizado pelos conselhos regionais de psicologia do Rio de Janeiro e de São Paulo e, entre outras coisas, vai discutir como evitar este excesso de medicalização infantil.
Allen Frances – Isso é  o mais importante. E por isso liguei para você de volta em dois minutos. Porque a sociedade precisa discutir este assunto. Agora, é importante também entender que essa discussão não é contra a psiquiatria. Aqui nos Estados Unidos, a maior parte dessas prescrições é escrita por pediatras e médicos de família, por exemplo. Então, é claro que o DSM-V tem que ser modificado e ser mais cuidadoso. Mas os pediatras que passam seis minutos com uma criança e não tem treinamento específico em problemas psiquiátricos e são muito influenciados pelos vendedores dos remédios… a educação tem que ser ampla, para todos os médicos.
E é preciso, também, reeducar o público porque se espalhou a ideia de que o TDAH é sub-diagnosticado e mais crianças precisam tomar remédios. Acho que isso é verdade para crianças que claramente são portadoras do transtorno. Não queremos que essas crianças fiquem sem o atendimento. Em alguns casos, a medicação é a única saída. Então, é importante enfatizar que isso não é um ataque ao diagnóstico ou à psiquiatria e sim ao excesso. Não queremos que os pais parem de medicar as crianças. Mas queremos que seja um alerta para os pais, que eles devem buscar uma segunda opinião. Queremos reduzir a tendência futura de diagnosticar rápido demais, sem cuidado. Mas para as crianças que realmente precisam, não queremos que sejam desencorajadas. Quando o diagnóstico é feito com cuidado, o remédio ajuda muito. Mas quando não existe esse cuidado, se causa muito mais problemas do que soluções.
Viomundo – E quando falamos de comportamento, que são a base do diagnóstico do TDAH, não existem expectativas diferentes para o comportamento das crianças, em culturas diferentes?
Allen Frances – Esse tema da cultura é muito difícil. Mas não é apenas isso. Se você tem os dois pais trabalhando fora de casa, a criança parece ter TDAH. Se não estivessem trabalhando, talvez fossem mais tolerantes. Então, os temas sociais e culturais têm importância vital para entender o diagnóstico.  Mas é importante notar que se o diagnóstico é feito em um ambiente de muito stress social, é quase a solução mais fácil para problemas reais. E seria um problema tratar como doença um comportamento social normal em uma determinada cultura, que não é considerado adequado em outra.

sábado, 12 de novembro de 2011

Filme pra Sábado!!!

Para quem gosta de Poker.
"Bem-vindo ao jogo".
Bom filme...
Pra sábado!
Buenas...

Do capital ao social.

"A lógica capitalista considera investimento o que multiplica o lucro da iniciativa privada, e não o que qualifica o capital humano".

Fala feita por Frei Betto.
Em um texto seu, publicado no sítio "BRASIL DE FATO".
Que reproduzo abaixo...
Buenas.

Do capital ao social

O economista Raul Velloso, especialista em contas públicas, calcula que, em 2010, através de programas sociais, o governo federal repassou a 31,8 milhões de brasileiros - a maioria, pobres - R$ 114 bilhões. Ao incluir programas de transferência de renda de menor escala, o montante chega a R$ 116 bilhões.
Este valor é mais que o dobro de todo o investimento feito pelo governo no mesmo ano - R$ 44,6 bilhões, incluindo construção de estradas e obras de infraestrutura. Os R$ 116 bilhões foram destinados à rede de proteção social, que abarca aposentadoria rural, seguro-desemprego, Bolsa Família, abono salarial, Renda Mensal Vitalícia (RMV) e Benefício de Prestação Continuada (BPC). Esses programas abocanharam 3,1% do PIB.
A RMV, criada em 1974, era um benefício previdenciário destinado a maiores de 70 anos ou inválidos, definitivamente incapacitados para o trabalho, que não exerciam atividades remuneradas, nem obtinham rendimento superior a 60% do valor do salário mínimo. Também não poderiam ser mantidos por pessoas de quem dependiam, nem dispunham de outro meio de prover o próprio sustento.
Em janeiro de 1996, a RMV foi extinta ao entrar em vigor a concessão do BPC. Hoje, a RMV é mantida apenas para quem já era beneficiário até 96. Já o BPC é pago a idosos e portadores de deficiências comprovadamente desprovidos de recursos mínimos.
Há quem opine que o governo federal “gasta” demais com programas sociais, prejudicando o investimento. Ora, como afirma Lula, quando o governo canaliza recursos para empresas e bancos, isso é considerado “investimento”; quando destina aos pobres, é “gasto”...
O Brasil, por muitas décadas, foi considerado campeão mundial de desigualdade social. Hoje, graças à rede de proteção social, o desenho da pirâmide (ricos na ponta estreita e pobres na ampla base) deu lugar ao losango (cintura proeminente graças à redução do número de ricos e miseráveis, e aumento da classe média).
Segundo o Ipea, entre 2003 e 2009, 28 milhões de brasileiros deixaram a miséria. Resultado do aumento anual do salário mínimo e da redução do desemprego, somados ao Bolsa Família, às aposentadorias e ao BPC.
A lógica capitalista considera investimento o que multiplica o lucro da iniciativa privada, e não o que qualifica o capital humano. Essa lógica gera, em nosso mercado de trabalho, a disparidade entre oferta de empregos e mão de obra qualificada. Devido à baixa qualidade de nossa educação, hoje o Brasil importa profissionais para funções especializadas.
Se o nosso país resiste à crise financeira que, desde 2008, penaliza o hemisfério Norte, isso se deve ao fato de haver mais dinheiro em circulação. Aqueceu-se o mercado interno.
Há queixa de que os nossos aeroportos estão superlotados, com filas intermináveis. É verdade. Se o queixoso mudasse o foco, reconheceria que nossa população dispõe, hoje, de mais recursos para utilizar transporte aéreo, o que até pouco tempo era privilégio da elite. Há, contudo, 16,2 milhões de brasileiros ainda na miséria. O que representa enorme desafio para o governo Dilma. Minha esperança é que o programa “Brasil sem miséria” venha resgatar propostas do Fome Zero abandonadas com o advento do Bolsa Família, como a reforma agrária.
Não basta promover distribuição de renda e facilitar o consumo dos mais pobres. É preciso erradicar as causas da pobreza, e isso significa mexer nas estruturas arcaicas que ainda perduram em nosso país, como a fundiária, a política, a tributária, e os sistemas de educação e saúde.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Vídeo da Sexta!!!

"Nada a temer, senão o correr da luta..."
Buenas!!!

Análises!

Rapidinho...
Vou deixar dois links com duas boas análises sobre um assunto muito importante.
O desenvolvimento de dois países.
O nosso...
E o dos Cubanos...
Para analisarmos assim, como esses países são "tratados" pelo mídia.
Principalmente, a nossa...
Buenas!

Análise do Ipea sobre o IDH Brasileiro, publicada no sítio da "Carta Maior":
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18937


Análise sobre o IDH Cubano, publicada no blog "Pragmatismo Político":
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2011/11/e-agora-como-explicar-as-criticas.html

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Mídia: fiscalização ou poder paralelo?

Reproduzo texto produzido por Venício A. de Lima.
Publicado na Revista "TEORIA E DEBATE".
Mais um texto que contribui para entendermos como trabalha a "mídia" brasileira.
Buenas!

FISCALIZAÇÃO DO GOVERNO OU PODER PARALELO?
No clássico Four Theories of the Press, de Siebert, Peterson e Schramm – uma das consequências indiretas do longo trabalho da Hutchins Commission, originalmente publicado no auge da Guerra Fria (University of Illinois Press, 1956) –, uma das funções descritas para a imprensa na chamada “teoria libertária” era exercer o papel de “sentinela” da liberdade.

Em outro livro, também clássico, que teve uma pouco conhecida tradução brasileira (Os Meios de Comunicação e a Sociedade Moderna, Edições GRD, 1966), Peterson, Jensen e Rivers assim descrevem a função:

Os libertários geralmente consideravam o governo como o inimigo mais temível e tradicional da liberdade; e, mesmo nas sociedades democráticas, os que exercem funções governamentais poderiam usar caprichosa e perigosamente o poder. Portanto, os libertários atribuíam à imprensa a tarefa de inspecionar constantemente o governo, de fazer o papel da sentinela, chamando a atenção do público sempre que as liberdades pessoais estivessem perigando (p. 151-152).

Nos Estados Unidos, a teoria libertária foi substituída pela teoria da responsabilidade social, mas o papel de fiscalização sobre o governo permaneceu, lá e cá, geralmente aceito como uma das funções fundamentais da imprensa nas democracias liberais representativas.

Jornalismo investigativo

O chamado “jornalismo investigativo”, que surge simultaneamente ao “ethos” profissional que atribui aos jornalistas a “missão” de fiscalizar os governos e denunciar publicamente seus desvios, deriva do papel de “sentinela” e é por ele justificado. A revelação de segredos ocultos do poder público passou a ser vista como uma forma de exercer a missão de guardião do interesse público e a publicação de escândalos tornou-se uma prática que reforça e realimenta a imagem que os jornalistas construíram de si mesmos.

Com o tempo, a mídia passou a disputar diretamente a legitimidade da representação do interesse público, tanto em relação ao papel da Justiça – investigar, denunciar, julgar e condenar – como em relação à política institucionalizada de expressão da “opinião pública” pelos políticos profissionais eleitos e com cargo nos executivos e nos parlamentos. Tudo isso acompanhado de uma permanente desqualificação da Política (com P maiúsculo) e dos políticos.

Na nossa história política há casos bem documentados nos quais a grande mídia reivindica para si esses papéis. O melhor exemplo talvez seja o da chamada “rede da democracia” que antecedeu ao golpe de 1964 e está descrita detalhadamente no livro de Aloysio Castelo de Carvalho, A Rede da Democracia – O Globo, O Jornal e o Jornal do Brasil na Queda do Governo Goulart (1961-64); NitPress/Editora UFF, 2010.

Mais recentemente, a presidenta da Associação Nacional de Jornais (ANJ) declarou publicamente:

A liberdade de imprensa é um bem maior que não deve ser limitado. A esse direito geral, o contraponto é sempre a questão da responsabilidade dos meios de comunicação. E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo, de fato, a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. E esse papel de oposição, de investigação, sem dúvida nenhuma incomoda sobremaneira o governo" (“Ações contra tentativa de cercear a imprensa”, O Globo, 19/3/2010, pág. 10).

Poder paralelo

Como chamou a atenção o governador Tarso Genro, na abertura de um congresso nacional contra a corrupção, organizado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, em outubro passado:

Criou-se um jornalismo de denúncia, que julga e condena. Usam a corrupção como argumento para dizer que as instituições não funcionam e tentar substituí-las (...) atualmente, os casos mais graves são investigados pela mídia e divulgados dentro das conveniências dos proprietários dos grandes veículos (...) fazem condenações políticas de largas consequências sobre a vida dos atingidos, e tomam para si até o direito de perdão, quando isso se mostra conveniente(http://sul21.com.br/jornal/2011/10/grande-midia-quer-instituir-justica-p...).

Será que estamos a assistir no Brasil à comprovação prática da afirmação de Paul Virilio: “A mídia é o único poder que tem a prerrogativa de editar suas próprias leis, ao mesmo tempo em que sustenta a pretensão de não se submeter a nenhuma outra”? A resposta a essa questão deve ser dada pela própria Justiça e pelas instituições políticas. A ver.

Venício A. de Lima é sociólogo e jornalista; autor, entre outros, de Comunicação e Cultura: as Ideias de Paulo Freire; 2ª. ed. revista, com nova introdução e prefácio de Ana Maria Freire. EdUnB/Perseu Abramo, 2011

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Prevenir para não ter que reprimir!

"Em vez de investir em mecanismos preventivos, Estado brasileiro gasta mais na recuperação de autores de atos infratores".


Fala de Cida de Oliveira, na "REDE BRASIL ATUAL".
Buenas!
É mais eficaz garantir direitos...
Do que negar direitos...

Políticas públicas não evitam que jovens se tornem infratores, diz estudo da USP

O Estado brasileiro tem direcionado seus investimentos na recuperação de jovens infratores, quando deveria criar mecanimos mais efetivos na garantia de seus direitos básicos, previstos no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA). Essa é uma das principais conclusões de um estudo da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, que acompanhou nove jovens em cumprimento de liberdade assistida. Segundo a socióloga Liana de Paula, autora da pesquisa, os jovens continuam vivenciando as mesmas tensões estruturais que levam uma parcela deles a se envolver com atos infracionais, numa lógica que ataca apenas a supercífie do problema e tende a contribuir pouco para minimizar suas causas.
Essa política, segundo ela, pode ser incentivada pela repressão, que dá mais visibilidade do que a  prevenção. Ou seja, há maior repercussão na opinião pública quando se investe em unidades de internação do que em políticas que garantam os direitos, cujos resultados só se tornam mais visíveis a médio e longo prazos.
Initulado Liberdade assistida: punição e cidadania na cidade de São Paulo, o estudo indica que o investimento preventivo melhoraria a qualidade de vida dos jovens e diminuiria, a médio prazo, a proporção dos que tornam-se criminosos. Escolas sucateadas ou mal equipadas, problemas de moradia e de saúde são alguns dos fatores que desestimulam os jovens e contribuem para sua exclusão econômica e social.
Conforme a pesquisadora, a maioria dos adolescentes infratores acompanhados durante a pesquisa apresentava defasagem escolar superior a dois anos entre idade e série, o que sinaliza processo de exclusão na escola por meio da repetência e da retenção. A eles o poder público impõe o retorno à mesma escola que os excluiu e que tem pouco significado em termos de construção de conhecimento e de credenciais que lhes permitam acessar o mercado formal de trabalho.
Ainda segundo a socióloga, a proposta de inclusão à cidadania por meio da liberdade assistida surgiu em meados da década de 1970, com a criação da Pastoral do Menor. O intuito da então pioneira liberdade assistida comunitária era estabeler vínculos do jovem com a sociedade por meio da promoção e garantia de seus direitos individuais e sociais.
Porém, a pesquisadora aponta falhas. A garantia dos direitos dos jovens se apoia em esquemas formais de intervenção fundamentados nas relações familiares, na escola e na inserção no mercado de trabalho. O que se questiona, no entanto, são as dinâmicas dessas mesmas instituições. A resposta da liberdade assistida os leva a seguirem o mesmo ‘script’ prescrito na sentença judicial -- o que pouco contribui para o efetivo exercício de sua cidadania.
O estudo demonstra que muito se investe depois do ato infracional e quase nada no sistema de proteção da infância e juventude e que cabe ao poder público garantir os direitos básicos do ECA, independentemente de o jovem ter ou não cometido algum ato infracional. De acordo com o censo do IBGE de 2000, 0,16% dos 25 milhões de jovens brasileiros, entre 12 e 18 anos, cumpriam medidas socioeducativas.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

O SUS e a ignorância!

"Campanha: Lula faça o tratamento pelo SUS."

Essa fala foi retirada dos sítios da diversas redes sociais da internet.
Fala feita pelas mais diversas pessoas.
Umas motivadas por puro preconceito e outras pela falta de informação.
O Sistema Único de Saúde é, sem dúvidas, um sistema falho.
Não se pode negar.
Só que a falha está no atendimento a toda demanda gerada.
Está na quantidade de atendimentos.
Entretanto, no quesito qualidade, não deixa a desejar.
Os tratamentos de câncer pelos SUS são eficazes.
O tratamento pelo SUS é muito bom.
O problema do SUS está na quantidade de antendimentos e nem sempre na qualidade.
E, o engraçado é que essas pessoas que criticam o SUS, o criticam tentando atingir diretamente o Governo Federal, como se só ele fosse responsável pela saúde pública de todo o país...
Essas pessoas não levam em consideração os Estados e municípios.
Que não constróem hospitais, postos de atendimento...
Que não contratam Médicos, Enfermeiros e demais especialistas...
E, que, quando contratam, não dão a remuneração devida...
Disso, essas pessoas não lembram...
Por que será???
Vou deixar dois links que trazem alguns dados referentes ao Sistema Único de Saúde.
Um do "BLOG DO ROVAÍ" que trata do preconceito "dessas" pessoas referentes ao Lula e ao Sus, e, ao mesmo tempo, provoca se essas mesmas pessoas apoiariam uma campanha para criação de um imposto único sobre grandes fortunas para financiar a saúde pública...
E outro, do sítio "MARIA FRÔ" que traz dados do Ministério da Saúde sobre o SUS.
Buenas!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Exemplo!!!

"A Educação tem que ser a verdadeira prioridade das prioridades"...

Essa fala foi feita por Miguel Diaz-Canel, Ministro da Educação Superior de Cuba.
Feita na Assembleia Geral da Unesco.
Referente ao Método de Alfabetização "Eu Posso, Sim", que ajudou a alfabetizar 5.706.082 pessoas em 28 países da América Latina, Caribe, África, Europa (Europa, sim!) e Oceania.
Cuba, pobre e bloqueada.
Cuba, que aos olhos de "muitos" é um país em que o que prevalece a "falta de liberdade".
Cuba tem umas das melhores Políticas Públicas de Saúde do Mundo.
Cuba tem umas das melhores Políticas Públicas de Esporte do Mundo.
Cuba tem umas das melhores Politicas Públicas de Educação do Mundo.
Sem falar das outras, como ReformaAgrária, por exemplo...
Lá todos tem acesso a uma Saúde pública e de qualidade.
Lá o esporte é de massificação, ou seja, todos tem acesso a todos os tipos de esportes.
Lá a Educação é pública de qualidade e para TODOS.
E, agora, é para os outros também!
Exemplo.
E tem gente que nega isso.
Ignorantes...
Buenas.
Vou deixar um link com o discurso de Cuba na Unesco...

sábado, 29 de outubro de 2011

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O "Humano" e a "Humanidade".

"O verdadeiro desafio é humanizar a sociedade humana".
Essa fala é do editorial do sítio "CARTA MAIOR".
Excelente texto.
Sobre quantos somos...
E, principalmente, quem somos...
Buenas.
Uma boa reflexão para uma tarde de quinta-feira!!!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Escravidão abolida???

"Sei qual é a boca que explora, sei qual é a boca explorada"...

Essa fala é da música gaúcha "Razões do Boca Braba".
De João de Almeida Neto.
A boca explorada todos nós conhecemos...
E a boca que explora???
Também...
Vou deixar um link do blog do Nassif, o "LUIS NASSIF ON LINE", que traz um perfil do "escravistas" desse país.
Pra quem acha que a escravidão acabou de verdade...
Dá uma olhada no link...
E tome conhecimento que esses escravistas tem ligação a partidos políticos...
E lembre na hora de votar!
Buenas.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Da série: "Por que eu insisto tanto?"

"O poder da mídia é impressionante"...

Essa fala foi feita por uma Professora, depois de ter ouvido eu ter dito que tipo de músicas as crianças da Escola onde eu trabalho costumam cantar.
...
Vou deixar um link do sítio "CONVERSA AFIADA" com um post sobre como trabalha e quais são os interesses da "grande mídia" brasileira...
Ou seja, como a mídia "domina as paradas"...
Buenas!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O Futebol e a Sociedade que queremos...

"Um outro mundo é possível".

Essa fala é o lema do Fórum Social Mundial.
Lema que alimenta a esperança de um mundo melhor para todos.
Um mundo onde o coletivo prevaleça ao individual...
Onde a diversidade não seja ignorada...
Onde todos sejamos livres...
É...
Utopia?
Não!
Um outro mundo é possível sim!!!
Ainda não é...
Ainda...
Porque no mundo do futebol isso já "é"...
Como?
Vou deixar um link do sítio da "CARTA MAIOR" para entendermos como isso já é possível...
O link traz um texto publicado por José Roberto Torero que explica como no "Barcelona F.C." um outro mundo já pode ser possível...
Buenas!
Vale a pena ler.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Vídeo da Sexta!!!

Um texto do Emir!!!

Reproduzo um texto de Emir Sader.
Publicado no sítio "CARTA MAIOR".
Pra entender um pouco mais a nossa mídia...
E seus "interesses"...
Buenas.

O vocabulerolero da velha mídia


Aqui algumas indicações sobre como ler a velha mídia. Nada do que é dito vale pelo seu valor de face. Tudo remete a um significado, cuja arte é tratar de camuflá-lo bem.
Por exemplo, quando dizem liberdade de imprensa, querem liberdade de empresa, das suas empresas, de dizerem, pelo poder da propriedade que tem, de dizer o que pensam.
A chave está em fazer passar o que pensam pelo interesse geral, pelas necessidades do país. Daí que nunca fazem o que deveriam fazer. Isto e’, dizer, por exemplo: “A família Frias acha que...” Ou: “A família Civita acha que...” e assim por diante.
A arte da manipulação reside em construções em que os sujeitos (eles) ficam ocultos. Usam formulas como: “É mister”, “Faz-se necessário”, “É fundamental”, “É’ indispensável”.
Sempre cabe a pergunta: Quem, cara pálida? Eles, os donos da empresa. Sempre tentar passar a ideia de que falam em nome do país, do Brasil, da comunidade, de todos, quando falam em nome deles. A definição mais precisa de ideologia: fazer passar interesses particulares pelos interesses gerais.
Quando dizem “fazer a lição de casa”, querem dizer, fazer duro ajuste fiscal. Quando falam de “populismo”, querem dizer governo que prioriza interesses populares. Quando falam de “demagogia”, se referem a discursos que desmascaram os interesses das elites, que tratam de ocultar.
Quando falam de “liberdade de expressão”, estão falando no direito deles, famílias proprietárias das empresas monopolistas da mídia, dizerem o que bem entendem. Confundem liberdade de imprensa com liberdade de empresas – as deles.
No Vocabulerolero indispensável para entender o que a mídia expressa de maneira cifrada, é preciso entender que quando falam de “governo responsável”, é aquele que prioriza o combate à inflação, às custas das políticas sociais. Quando falam de “clientelismo”, se referem às politicas sociais dos governos.
Quando falam de “líder carismático”, querem desqualificar os discursos os lideres populares, que falam diretamente ao povo sobre seus interesses.
Quando falam de “terrorismo”, se referem aos que combatem ou resistem a ações norte-americanas. “Sociedades livres” são as de “livre mercado”. Democráticos sao os países ocidentais que tem eleições periódicas, separação dos três poderes, variedade de siglas de partidos e "imprensa livre", isto é, imprensa privada.
“Democrático” é o pais aliado dos EUA – berço da democracia. Totalitário é o inimigo dos EUA.
Quando dizem “Basta” ou “Cansei”, querem dizer que eles não aguentam mais medidas populares e democráticas que afetam seus interesses e os seus valores.
Entre a velha mídia e a realidade se interpõe uma grossa camada de mecanismos ideológicos, com os quais tentam passar seus interesses particulares como se fossem interesses gerais. É o melhor exemplo do que Marx chamava de ideologia: valores e concepções particulares que pretendem promover-se a interesses da totalidade. Para isso se valem de categorias enganosas, que é preciso desmistificar cotidianamente, para que possamos enxergar a realidade como ela é.
Postado por Emir Sader às 09:02

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Desigualdade gera inflação!

Reproduzo um texto muito interessante.
Publicado por Vadlimir Safatle no Jornal "Folha de São Paulo" (eca!)...
É aquela história do "barato sai caro" ou do "o mais caro é melhor"...
Buenas.

Inflação de prestígio


por VLADIMIR SAFATLE


“Enquanto eu cobrava R$ 100 por sessão, tinha poucos pacientes. Quando comecei a cobrar R$ 200, por incrível que pareça, os pacientes afloraram.” Esta afirmação de um amigo psicanalista talvez valha um capítulo na teoria geral da formação de preços, ao menos no Brasil.
A mudança no preço de sua sessão não foi o resultado de alguma nova conformação das dinâmicas de oferta e de procura. Ela foi, na verdade, a descoberta de que, em países com alta concentração de renda, certas pessoas estão dispostas a pagar mais simplesmente devido à crença de que as coisas caras foram feitas para ela.
Por mais que economistas gostem de dizer o contrário, a ação econômica é baseada em sistemas de crenças e expectativas cuja racionalidade é fundada em fortes disposições psicológicas “irracionais”-pois estão ligadas a fantasias.
Atualmente, alguns dos aluguéis mais caros do mundo podem ser encontrados em cidades improváveis como, São Paulo, Moscou e Luanda (capital angolana).
A razão é que tais sociedades emergentes crescem com alta desigualdade de renda, o que faz com que uma parcela mínima da população, com poder aquisitivo exorbitante, puxe para cima a cadeia de preços. Para o resto da população, melhor seria que essa parcela simplesmente não existisse.
Qualquer pessoa que frequenta restaurantes nessas cidades percebe que a disparada de preços pouco tem a ver com a flutuação do valor dos alimentos. Nossos agricultores continuam recebendo, em larga medida, valores irrisórios. Tal disparada vem da existência de pessoas que não sentem diferença entre pagar R$ 30 ou R$ 70 por um prato. Mobilizando a crença de que as coisas caras são exclusivas, elas geram, assim, um forte problema econômico.
Há de perguntar-se por que, sendo a inflação uma questão tão premente na vida nacional, nunca encontramos reflexões sobre a relação, aparentemente tão evidente, entre pressão inflacionária e desigualdade social.
Ao contrário, vê-se apenas pessoas dispostas a falar contra os “gastos públicos”, isto em um país onde, vejam só vocês, escolas e saúde pública são subfinanciadas e grandes investimentos públicos em infraestrutura são urgentes.
Talvez um dia descobriremos que a economia brasileira só estará mais bem defendida contra a inflação quando a desigualdade e o consumo conspícuos que ela gera forem realmente combatidos.
O que é melhor do que reduzir os mecanismos de controle da pressão inflacionária à definição de taxas de juros, pois a disparidade de renda, além de gerar fratura social e conflito de classe, é fator de instabilidade econômica.

Mera coincidência!!!

"Uma relação óbvia, que fica explícita graças à Internet. A matéria contra Orlando Silva ficava evidente que era apenas peça de um jogo maior".
Essa fala é de "Stanley Burburinho".
Feita por causa dessa imagem:
A Editora Abril é a apoiadora oficial da FIFA para mídia imprensa.
Sabe qual revista é dessa editora???
Ela mesma, a "Veja"...
A mesma que no último fim de semana publicou uma "denúncia" contra o Ministro dos Esportes.
E que vem sendo repercutida em toda "grande mídia".
Coincidência, não?
Quem denuncia está a serviço da FIFA...
A mesma que não quer garantir a meia entrada para os estudantes e para os idosos...
A mesma que quer um aumento do gasto público nas obras...
E, que quer escolher quem faz as obras...
Coisa que vem sendo, "apesar dos pesares", negada pela Presidente Dilma.
Que interessante, não !
Buenas...
E, olha que eu nem gosto desse Ministro...
Não gosto mesmo.
Pelo trato das políticas públicas de esporte...
Apesar do grande investimento, pois diga-se de passagem, o dinheiro investido em esporte é superior a todos os outros governos...
E, o problema desse investimento é uma questão de prioridade...
Ou seja, onde ele deve ser melhor aplicado...
Que é na garantia ao acesso para todos!
Enfim, essa é outra discussão...
O motivo que levou a escrever este post é o que está por trás da denúncia.
Do denúncismo barato...
A serviço dos "grandes"...
Daqueles que já tem tudo e "querem" que os outros não tenham...
Ou, como diz a fala lá de cima...
"...apenas a peça de um jogo maior..." 

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Sobre o Bolsa Família...

"Desistência do Bolsa Família por iniciativa própria chega a 40%".

Essa fala é do Jornal "Valor Econômico".
Um dos principais motivos é o aumento de renda das famílias benficiadas.
E tem gente que critica o programa.
Pior...
Acha que a economia do país está uma "m"....
Buenas.
Não é o que o pais dos meus alunos pensam...
E, só não vê, quem não quer...
Vou deixar um link do sítio "VIOMUNDO" com a notícia na íntegra...

domingo, 16 de outubro de 2011

Receita de Domingo!!!

Uma "receitinha" básica...
Depois do Dia do Professor.
Buenas.

PLANO DE AULA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

INTENCIONALIDADE: Explorar diferentes vivências de movimento com objetos construídos pelo homem;
PRÁTICA DE ÁREA: Jogo;
1º MOMENTO: Provocar a turma para um jogo de corrida de pneus. Em seguida, problematizar sobre:
- Como foi o jogo?
- Dá para jogar de outras formas?
- Podemos também criar outras possibilidades de atividades?
- Podemos fazer essas atividades, brincadeiras, jogos, com outros tipos de materiais?
2º MOMENTO: Dialogar sobre o que foi problematizado, abordando as diferentes formas de jogar, brincar com pneus. Abordar as diferentes formas de brincar, jogar com pneus nas diferentes culturas das diversas comunidades de nosso país. Mostrar outras possibilidades de atividades com pneus e com outros tipos de objetos (aros, argolas...);
3º MOMENTO: Desafiar o grupo para uma nova prática, observando o que foi construído no debate, no diálogo com a turma;


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O futebol em um momento de reflexão!

Vou deixar aqui um link do blog do jornalista Juca Kfouri.
Link que traz um texto publicado pelo próprio jornalista na revista "Interesse Nacional".
O texto é enorme...
Mas é uma excelente leitura.
Uma análise completa sobre o momento vivido pelo futebol brasileiro...
Não o vivido dentro do campo...
Mas sim, o fora dele...
Baita texto!
Para refletirmos por um momento...
Buenas.

Depois de uma semana...

Depois de uma semana "cheia".
Em que não deu tempo de atualizar o blog...
Retorno!
Sempre com a mesma intenção...
Informar e construir...
E, para retomar bem os "trabalhos"...
Recomeçemos com um vídeo de uma empresa estrangeira...
Que faz uma baita propanganda do Brasil...
Reforçando a nossa imagem "lá fora"...
Até porque, se dependermos da mídia daqui... (???)
Buenas.



Segue abaixo um link que traz mais sobre esse vídeo e sobre a imagem do País...

http://mariafro.com.br/wordpress/2011/10/09/keep-walking-brazil-ah-esse-lula/

domingo, 2 de outubro de 2011

Um texto do Emir!!!

Aos meus amigos da esquerda.
Principalmente, aos tão à "esquerda"...
Que de tão à "esquerda"...
Estão cada vez mais próximos da "direita"...
Buenas...
Vou reproduzir uma parte do texto publicado por Emir Sader no sítio da "CARTA MAIOR" que fala sobre isso.
Também vou deixar o link para quem quiser ler o texto inteiro.

Corvos e urubus

Repararam que tem gente, que se diz de esquerda, mas que só aparece para criticar a gente de esquerda? Nunca contra a direita, o que quer que esta faça. São especialistas em jogar álcool em qualquer foguinho dentro da esquerda.

Nunca reconhecem vitórias, conquistas, avanços. São apenas prenúncios de derrotas, traições, retornos da direita – cuja culpa será sempre denunciada como responsabilidade da esquerda. Adoram as derrotas, quanto maior, melhor, porque a culpa é dos outros, não importa que o povo seja quem pague o preco.

São ótimos para fazer balanços de derrotas, mas nunca sabem propor alternativas e nunca conseguem dirigir processo algum. São sempre críticos. Espécies de urubus, especialistas em carniças. Corvos, que auguram sempre catástrofes.

Não dá para ter respeito por alguém que se diz de esquerda, mas não está em todas as paradas da luta contra a direita. Aí ficam quietos, espreitando para atacar a esquerda, seja porque não é suficientemente radical, seja porque não derrotou de forma radical e definitiva a direita. Eles mesmos, não são capazes de afetar o poder da direita, nem estão centralmente preocupados com isso, lhes importa sobretudo as “traições” da esquerda...

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Reflexos de um modelo de sociedade!!!

"Sonho com esse momento (de declínio econômico) há três anos. Vou confessar: sonho diariamente com uma nova recessão. Se você tem o plano certo, pode fazer muito dinheiro com isso".

Essa fala é de Alessio Rastani.
Financista "independente".
Feita durante uma entrevista à "BBC".
E. assim como ele, muitos pensam e falam assim.
Reflexos de um modelo de sociedade.
Infelizmente!
Buenas...
Abaixo, um link do "Blog do Miro" que traz um post do sítio "VERMELHO".

Altamiro Borges: O "espírito animal" do capitalismo:

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Ainda sobre os impostos...

Confira no gráfico acima quanto porcento do PIB o Brasil arrecada com impostos.
E, confira também, que tem "gente" que não sabe o que diz...
Buenas!
Ah!
E se quiser conferir o ranking "tributário" mundial, vá ao blog "O Homem que calculava".
...
A fonte do gráfico acima é do sítio "Tijolaço".

domingo, 25 de setembro de 2011

Receita de Domingo!!!

Hoje, uma aula de basquete sobre organização coletiva...
Buenas.

PLANO DE AULA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

INTENCIONALIDADE: Abordar o conceito de organização coletiva;
PRÁTICA DE ÁREA: Esportes - Basquete;
1º MOMENTO: Provocar a turma para um jogo de basquete, onde cada time terá 24 segundos para tentar marcar pontos. A turma deverá ser dividida em dois times e cada time deverá escolher quartetos para jogar alternadamente. Um quarteto de cada time deverá jogar por vez e os pontos marcados serão anotados para o time e não para o quarteto. Após a realização da atividade, problematizar sobre:
- Como foram os jogos?
- Quais foram as dificuldades encontradas?
- Dá para fazer pontos em 24 segundos ou é pouco tempo?
- Faltou organização coletiva aos quartetos?
- O que é organização coletiva?
- Como isso é importante para a vida das pessoas?
2º MOMENTO: Dialogar com o grupo sobre o que foi problematizado, abordando o conceito de organização coletiva e estabelecendo relações com o jogo. Mostrando que dá para os times marcarem pontos em 24 segundos (que é uma das regras do basquete) se souberem se organizar coletivamente, se jogarem juntos, com um ajundando o outro. Abordar os sistemas de jogo do basquete para dar suporte ao grupo. Dialogar também sobre a importância da organização coletiva para a vida das pessoas nos diferentes grupos sociais, mostrando exemplos de organização coletiva que melhoraram a vida das pessoas (ex: associação de moradores, cooperativas, movimentos sociais...);
3º MOMENTO: Desafiar a turma para uma nova prática, com os quartetos elaborando estratégias para que consigam marcar pontos. Pedir para que mudem os confrontos, não repetindo os enfrentamentos da primeira parte da aula. Pedir também, para que a turma pesquise sobre as diferentes formas de organizações coletivas existentes na sociedade; 

sábado, 24 de setembro de 2011

10% do PIB já!!!

"Me parece que o problema é de gestão".

Essa fala foi feita pelo meu amigo Profº Osmar.
E se referia aí, à questão do financiamento da saúde pública.
Assunto que vem rendendo bastante, principalmente quando se fala em criar mais impostos...
Buenas.
Mas, a fala do Profº ilustra também o que acontece em outras áreas.
Principalmente, na EDUCAÇÃO.
O financiamento, ainda que pequeno, acontece.
Agora, o gestão desse financiamento...???
Mas específicamente, nos estados e municípios...
Vou reproduzir um post do sítio "EDUCAÇÃO POLÍTICA" que traz um "pouco" disso.
Mais especificamente, traz um absurdo!
Retrato das políticas públicas nos munícipios e estados de nosso país...

MUNICÍPIOS MUITO RICOS INVESTEM EM TIMES DE FUTEBOL E CLUBES NA LIGA DE VÔLEI ENQUANTO A EDUCAÇÃO PERMANECE COM ÍNDICES BAIXOS

Pena que prefeitos têm cada vez menos paciência de esperar...

Municípios muito ricos, com dinheito suficiente para investir mais em educação, preferem investir em times de futebol, em clubes na liga de vôlei e basquete ou construir pontes, viadutos, asfaltar ruas. É o que mostra um estudo realizado pelo diretor de Educação a Distância da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), João Carlos Teatini de Souza Clímaco, reforçando a cultura política vigente no Brasil, onde se dá valor apenas para aquilo que aparece e brilha mais em um primeiro momento.

Se há dinheiro vamos fazer com que ele apareça! É assim que pensam os políticos e prefeitos brasileiros. A educação é quase como um investimento invisível, os resultados demoram para aparecer. No entanto, quando aparecem, são muito mais sólidos que uma ponte e brilham muito mais que os troféus conquistados pelos times municipais. Não que esporte não seja importante, mas sem inteligência não se ganha campeonato!

Essa língua, entretanto, não é entendida pelos administradores públicos do país,  a aposta na educação não parece estar no horizonte destes últimos, é coisa para gerações futuras e, diga-se de passagem,  mais educadas.

Veja texto sobre o assunto publicado pela Agência Brasil:

Análise de diretor da Capes aponta disparidade entre riqueza de municípios e desempenho das redes de ensino
Por Gilberto Costa
Brasília – Estudo realizado pelo diretor de Educação a Distância da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), João Carlos Teatini de Souza Clímaco, aponta que os municípios ricos (em tese, com mais recursos para investir em educação) têm redes de ensino público com baixo desempenho.
Em documento de circulação interna no Ministério da Educação (MEC), Teatini comparou o Produto Interno Bruto por habitante (PIB per capita) das 159 maiores cidades brasileiras (de mais de 150 mil moradores) com o desempenho dos estudantes medido pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2005, 2007 e 2009.
“O que a gente registra é uma disparidade enorme em municípios muito ricos, com PIB per capita muito elevado, que, no entanto, tem um desempenho de suas escolas e de seus alunos sofrível”, disse comparando inclusive com municípios menores e com municípios mais pobres.
“Alguns municípios muito ricos estão investindo em times de futebol, em clubes na liga de vôlei ou basquete e, no entanto, a educação permanece com índices muito baixos. O município rico deveria investir muito mais em educação”, assinalou o diretor. Para Teatini, há um problema de cultura política: “o prefeito se notabiliza por asfaltar ruas, por construir viadutos”, comentou.
Segundo ele, a disparidade ocorre inclusive entre os municípios beneficiados com a atual distribuição de royalties do petróleo, como é o caso de Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, o terceiro município mais rico em PIB per capita do país, mas cuja nota dos anos iniciais do ensino fundamental no último Ideb foi 3,2 – abaixo da média nacional de 4,6. (Texto completo)


quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Desemprego em 6%!


"Desemprego permanece em 6% em agosto, nível mais baixo do mês".


Essa fala é do sítio "CARTA MAIOR".
Baita notícia.
E, melhor ainda porque o emprego formal voltou a crescer.
Porém, uma notícia dessas não tem destaque grande.
Ao contrário de notícias como a alta do "dólar".
Essa, tem destaque de sobra na mídia em geral.
Principalmente, na "grande mídia".
Mas aí, com outros "interesses".
Essa alta tem lados a serem observados.
Um é que, com o dólar em alta, favorece aos negócios de quem usa essa moeda como forma de geração de renda. Ou seja, quem recebe em dólar, sai ganhando.
E, outro, é que as dívidas da "gente rica" vão aumentar com essa alta.
Aí, entram os interesses.
Da "grande mídia" e da "gente rica"...
Pressionar o Governo para o seu próprio bem e ao mesmo tempo promover o caos...
Para o seu próprio bem...
Óbviamente!
Buenas...
Mas, vamos ao que realmente interessa...
Notícia boa!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Dilma na ONU!!!

"Pela primeira vez, na história das Nações Unidas, uma voz feminina inaugura o Debate Geral".

Essa fala foi feita pela Presidenta Dilma, hoje em Assembleia Geral das Nações Unidas.
Histórico.
Que aliás, foi o assunto dessa quarta à noite em toda a internet.
Pela primeira vez na história da ONU, uma mulher abriu uma Assembleia Geral.
E o melhor de tudo, sem um "complexo de vira-lata"...
Como era de costume em "outros tempos" (que não voltem nunca mais...).
Buenas.
Como o assunto foi muito comentado na blogosfera, eu separei um post do blog "ESCREVINHADOR".
Que eu achei muito interessante dos muitos que li...
E traz um bom resumo do discurso da Presidenta.
Tanto que vou reproduzir aqui... (o vídeo com a fala de Dilma está disponível em vários blogs e sítios na rede)

Dilma na ONU: sem complexo de vira-lata

publicada quarta-feira, 21/09/2011 às 17:03 e atualizada quarta-feira, 21/09/2011 às 17:01


por Rodrigo Vianna
Na abertura da Assembléia Geral da ONU, ao falar para o mundo, Dilma destacou a condição feminina e a especificidade do Brasil no mundo. Emocionou-me a menção que a presidenta fez à lingua portuguesa. Lembrei-me de certo presidente (brasileiro, até prova em contrário) que foi à França e preferiu falar em Francês (!) na Assembléia Nacional daquele país. Era o presidente que certa elite brasileira considerava ”cosmopolita”. Um cosmopolita que preferia falar em francês. Terminou o discurso dizendo “Vive la France!!”. Patético. 
Dilma não só falou em Português, como falou sobre as especificidades do mundo que fala Português. Usou o idioma como gancho para lembrar de palavras que são “femininas” na Língua Portuguesa: alma, esperança, vida.
Mas o discurso na Assembléia Geral da ONU não foi importante (só) por isso. Foi importante porque Dilma se diferenciou da baboseira (neo) liberal que ainda sobrevive no chamado mundo desenvolvido (e sobrevive também entre “colunistas” e “analistas” que pensam o Brasil feito girafas: têm os pés na América do Sul e a cabeça em Londres ou Washington). Dilma falou na necessida de controlar capitais. Os colunistas de economia brazucas devem ter sofrido uma síncope nervosa. Controle? Capitais devem ser livres. Controle, só para as pessoas.
Dilma foi corajosa ao falar da crise econômica, ponderada ao defender o Estado Palestino e firme ao reafirmar a necessidade de reformar a ONU e as instâncias decisórias mundiais.
Dilma foi a primeira mulher a abrir a Assembléia Geral da ONU. Mas o discurso dela foi histórico por muitos outros motivos. Lembrou-me a frase lapidar de Chico Buarque, ao dizer, na reta final da eleição de 2010, porque apoiaria Dilma: “é um governo que fala de igual para igual, não fala fino com Washington e não fala grosso com a Bolívia e o Paraguai”.
Aqui, no VioMundo, o discurso na íntegra.
E, abaixo, uma pequena seleção dos trechos que considero mais relevantes.    
CONDIÇÃO FEMININA – IGUALDADE E ORGULHO
“Pela primeira vez, na história das Nações Unidas, uma voz feminina inaugura o Debate Geral. É a voz da democracia e da igualdade se ampliando nesta tribuna que tem o compromisso de ser a mais representativa do mundo. É com humildade pessoal, mas com justificado orgulho de mulher, que vivo este momento histórico.”
LÍNGUA PORTUGUESA – ESPERANÇA E CORAGEM
“Na língua portuguesa, palavras como vida, alma e esperança pertencem ao gênero feminino. E são também femininas duas outras palavras muito especiais para mim: coragem e sinceridade. Pois é com coragem e sinceridade que quero lhes falar no dia de hoje.”
FALANDO GROSSO – PUXÃO DE ORELHA NOS “DESENVOLVIDOS” 
“Agora, menos importante é saber quais foram os causadores da situação que enfrentamos, até porque isto já está suficientemente claro. Importa, sim, encontrarmos soluções coletivas, rápidas e verdadeiras. Essa crise é séria demais para que seja administrada apenas por uns poucos países. Seus governos e bancos centrais continuam com a responsabilidade maior na condução do processo, mas como todos os países sofrem as conseqüências da crise, todos têm o direito de participar das soluções. Não é por falta de recursos financeiros que os líderes dos países desenvolvidos ainda não encontraram uma solução para a crise. É, permitam-me dizer, por falta de recursos políticos e algumas vezes, de clareza de ideias.”
RECADO AOS NEOLIBERAIS – CONTROLAR  OS MERCADOS
“Urge aprofundar a regulamentação do sistema financeiro e controlar essa fonte inesgotável de instabilidade. É preciso impor controles à guerra cambial, com a adoção de regimes de câmbio flutuante. Trata-se, senhoras e senhores, de impedir a manipulação do câmbio tanto por políticas monetárias excessivamente expansionistas como pelo artifício do câmbio fixo. ”
A CONDIÇÃO BRASILEIRA – OTIMISMO MODERADO 
“É significativo que seja a presidenta de um país emergente, um país que vive praticamente um ambiente de pleno emprego, que venha falar, aqui, hoje, com cores tão vívidas, dessa tragédia que assola, em especial, os países desenvolvidos. Como outros países emergentes, o Brasil tem sido, até agora, menos afetado pela crise mundial. Mas sabemos que nossa capacidade de resistência não é ilimitada. Queremos – e podemos – ajudar, enquanto há tempo, os países onde a crise já é aguda.”
ENFRENTAR A RECESSÃO – AJUDA VEM DOS EMERGENTES
“Há sinais evidentes de que várias economias avançadas se encontram no limiar da recessão, o que dificultará, sobremaneira, a resolução dos problemas fiscais. Está claro que a prioridade da economia mundial, neste momento, deve ser solucionar o problema dos países em crise de dívida soberana e reverter o presente quadro recessivo. Os países mais desenvolvidos precisam praticar políticas coordenadas de estímulo às economias extremamente debilitadas pela crise. Os países emergentes podem ajudar.”
RECADO AOS EUA E OTAN - CONTRA INTERVENÇÕES MILITARES 
“É preciso que as nações aqui reunidas encontrem uma forma legítima e eficaz de ajudar as sociedades que clamam por reforma, sem retirar de seus cidadãos a condução do processo. Repudiamos com veemência as repressões brutais que vitimam populações civis. Estamos convencidos de que, para a comunidade internacional, o recurso à força deve ser sempre a última alternativa. A busca da paz e da segurança no mundo não pode limitar-se a intervenções em situações extremas (…)  O mundo sofre, hoje, as dolorosas consequências de intervenções que agravaram os conflitos, possibilitando a infiltração do terrorismo onde ele não existia, inaugurando novos ciclos de violência, multiplicando os números de vítimas civis.”
REFORMA DA ONU – BRASILNO CONSELHO DE SEGURANÇA
“O debate em torno da reforma do Conselho já entra em seu 18º ano. Não é possível, senhor Presidente, protelar mais. O mundo precisa de um Conselho de Segurança que venha a refletir a realidade contemporânea; um Conselho que incorpore novos membros permanentes e não-permanentes, em especial representantes dos países em desenvolvimento. O Brasil está pronto a assumir suas responsabilidades como membro permanente do Conselho.”
DIREITOS HUMANOS , SIM – PARA TODOS 
“Queremos para os outros países o que queremos para nós mesmos. O autoritarismo, a xenofobia, a miséria, a pena capital, a discriminação, todos são algozes dos direitos humanos. Há violações em todos os países, sem exceção. Reconheçamos esta realidade e aceitemos, todos, as críticas. Devemos nos beneficiar delas e criticar, sem meias-palavras, os casos flagrantes de violação, onde quer que ocorram.”
ESTADO PALESTINO – DEFESA FIRME, SEM MEIAS PALAVRAS 
“Lamento ainda não poder saudar, desta tribuna, o ingresso pleno da Palestina na Organização das Nações Unidas. O Brasil já reconhece o Estado palestino como tal, nas fronteiras de 1967, de forma consistente com as resoluções das Nações Unidas. Assim como a maioria dos países nesta Assembléia, acreditamos que é chegado o momento de termos a Palestina aqui representada a pleno título. O reconhecimento ao direito legítimo do povo palestino à soberania e à autodeterminação amplia as possibilidades de uma paz duradoura no Oriente Médio. Apenas uma Palestina livre e soberana poderá atender aos legítimos anseios de Israel por paz com seus vizinhos, segurança em suas fronteiras e estabilidade política em seu entorno regional.”
COMBATE À POBREZA – RECEITA BRASILEIRA
“O Brasil descobriu que a melhor política de desenvolvimento é o combate à pobreza. E que uma verdadeira política de direitos humanos tem por base a diminuição da desigualdade e da discriminação entre as pessoas, entre as regiões e entre os gêneros. O Brasil avançou política, econômica e socialmente sem comprometer sequer uma das liberdades democráticas. Cumprimos quase todos os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, antes 2015. Saíram da pobreza e ascenderam para a classe média no meu país quase 40 milhões de brasileiras e brasileiros. Tenho plena convicção de que cumpriremos nossa meta de, até o final do meu governo, erradicar a pobreza extrema no Brasil.”