Buenas! Bem Vindo ao Blog do Prof. Diego - "Tema Gerador".

Esse blog é destinado a informar e construir conhecimento referente a diversos assuntos do cotidiano. Sempre a partir de um "Tema Gerador" retirado de falas presentes no mundo real ou virtual de nossas vidas e com a intenção de transformar a realidade!

Aproveite, opine e indique!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Nada como a blogosfera.

Há alguns dias atrás eu recomendei o filme Tropa de Elite 2.
Continuo recomendando.
É um baita filme.
Faz um crítica execelente ao modelo político ao qual vivemos.
Porém, depois que vi o filme, eu saí do cinema com uma "pulga atrás da orelha".
Algo me perturbava. E eu, iria mais tarde fazer um post aqui no blog e comentaria sobre isso.
Mas no fim acabei esquecendo o que era.
Lembro que no post que fiz sobre o filme, eu deixei uma crítica minha sobre o fato dos atores, diretores e demais envolvidos na produção do filme terem declarado voto e apoio à candidatura de Marina Silva no primeiro turno das eleições para Presidente.
Não entendia como alguém, capaz de fazer um filme com uma crítica na sua essência tão contundente, apoiar tal candidata. Que apoiassem alguém realmente de esquerda e não ela.
Mas hoje, quando dei uma passada pelo sítio "Conversa Afiada", encontrei um texto do Paulo Henrique Amorim sobre o filme.
E lendo sua análise sobre o segundo "Tropa", lembrei o que tinha esquecido de postar quando fiz o meu texto sobre o filme.
Esqueci de mencionar o fato dos autores do filme terem considerados a trama uma ficção científica remetida aos dias de hoje.
E para quem leu o livro "Elite da Tropa", na qual foi baseado o filme (que foi o meu caso), sabe que esse segundo filme da trilogia "Tropa de Elite", é inspirado no final do livro e baseado em fatos reais passados durante os governos de direita no Rio de Janeiro, governos do PFL, hoje sob o nome DEM.
Portanto, esqueci de fazer uma outra crítica, pois a "pulga" que me encomodava dizia respeito ao fato de o filme ter sido direcionado aos dias de hoje e com um tom irônico de que era uma ficção.
Ou seja, por qual motivo o filme não remeteu aos dias do qual contam o livro?
E a resposta que me veio foi: -Oportunismo.
Eu teria outro tipo de resposta se o filme tivesse sido produzido por alguém cuja a ideologia fosse compatível com a mensagem do filme, mas não de alguém que apoiou uma candidatura de um partido de direita que tem como bandeira o meio ambiente pra desencargo de consciência.
Buenas, vou postar aqui à análise do PHA que vai contribuir para o que eu escrevi. 

Saiu na Folha (*), pág. E6, crítica de Vladimir Safatle ao filme “Tropa de Elite – 2”.

“Longa usa a lógica da guerra civil para discutir a questão da segurança pública”.
“Trama legitima violência policial e trata defesa dos direitos humanos (o pessoal pró-aborto diria o Serra – PHA) como ladainha ingênua.”
“… se o método truculento não deu certo, isso seria resultado exclusivo da corrupção generalizada (da Erenice – diria o Serra – PHA).”
“Neste país, onde a polícia tortura mais do que na época do regime militar, as idéias de compreender problemas de segurança a partir da lógica da guerra civil parece ter se naturalizado”.
“ … os intelectuais de esquerda ganhariam mais complacência dos produtores de blockbusters se abandonassem a ladainha dos direitos humanos, escolhessem o lado da classe média assustada e abraçassem a causa monocórdia da luta moralizante contra a corrupção estatal (da Erenica – diria o Serra – PHA). “

Paulo Henrique Amorim
Assisti a essa litania da violência no Shopping Higienópolis, onde uma camionete de uma empresa de segurança privada estaciona na porta, 24 horas, por causa de dois assaltos recentes a joalherias.
A platéia delirava quanto mais se dava pancada no filme do Padilha.
Aplausos, suspiros de alívio.
“Pau neles !”, pareciam dizer.
Além das observações irretocáveis do artigo do Safatle, este ordinário blogueiro acrescentaria outro aspecto.
A estigmatização do Rio como sede da violência e da corrupção.
É uma marca infamante que tranquiliza a classe média – do Rio e de São Paulo.
O crime está ali – e só ali: na favela, entre os pobres.
Nós, do lado de cá da podridão, vivemos no mundo perfeito onde não se faz aborto.
Onde padres petistas são colocados em seu devido lugar.
Nós, virtuosos do verde – isso não nos atinge.
É aí que o “docudrama” do Padilha se estrepa: na favela do Rio.
As UPPs – Unidades Policiais Pacificadoras – do Rio são um retumbante sucesso.
O governador foi re-eleito com 68% dos votos, em cima da bandeira das UPPs.
Na sexta-feira, depois de assistir ao caça-níquel do Padilha, li no Globo (no Globo !), na pág. 20:
“Vila Isabel comemora a ocupação do morro. Chegada do BOPE à favela alivia a vizinhança, assustada com os constantes tiroteios dos traficantes.”
Na pág. 19 (esse Padilha diz qualquer coisa !), do mesmo Globo:
“A paz pousa nos macacos – um ano após a derrubada de helicóptero da PM (faltou essa cena blockbusteriana no pastiche do Padilha – PHA), BOPE ocupa a favela em Vila Isabel para instalação da 13ª. (13ª. !) UPP.”
“Enfim, o estado começa a pagar à comunidade a grande divida social, cultural e de segurança que tem com ela” – Presidente da Associação de Moradores do Morro dos Macacos, Mário Lima.
Talvez se dê muita trela ao Padilha.
Deixa o Padilha ganhar o dinheiro dele, Safatle.
É isso o que dá publicitário fazer filme com dinheiro da Globo.
Só tem um problema: o Padilha achar que merece ser o Ministro da Segurança do Serra.
Já pensou ?
Porrada !
E o pessoal do Shopping Higienópolis – que não faz aborto – a aplaudir: porrada !


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário