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domingo, 26 de junho de 2011

Sabe aquele e-mail???

"A greve dos professores e servidores em educação vai continuar, forte".

Essa fala é do Professor Cesar Capitanio.
E, esta aí porque vou reproduzir um texto que recebi dele, por e-mail.
Aliás, tenho recebido vários e-mails com o mesmo tema do texto do Cesar.
A Greve do Magistério Estadual em Santa Catarina...
Aqui a Greve continua, como disse o meu amigo, assim como em mais oito estados do País.
Greve, digna, justa e FORTE!
Por uma Educação Pública, de qualidade e com VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL.
Segue abaixo o texto, que é uma grande análise do atual momento...
Buenas!


É hora de salvar o magistério e a educação em SC.

Estamos completando um mês de greve na rede estadual de Santa Catarina. Esta fase da greve é mais tensa, pois o Governo sofre rejeição, os pais e os alunos se irritam pela falta de aulas, e os professores se preocupam com o fato do desconto dos dias parados, somados ainda ao fato de que a greve ainda não resolveu basicamente nada. Mas a análise desta questão é mais complexa que esta tensão.
O ano é 2008, a luta do magistério se desdobra em lei federal, o Piso Nacional do Magistério. A pauta “educação” ganha centralidade na discussão midiática, e se chega a uma conclusão: o Brasil só mantém um crescimento econômico e social e vigoroso desde que possua amplos investimentos em educação. O MEC inclusive se dispõe a ajudar os Estados e prefeituras com dificuldades econômicas para que estes implantem o Piso.
E em SC? Pois bem, em nosso Estado , desde 2003, o governo é liderado por uma coligação (eu diria “ajuntamento eleitoral”, com muita sede de poder) chamada Tríplice Aliança. Um governo que tem na sua marca a descentralização (segundo o governador Colombo, em 2005, as SDRs são/eram um cabide eleitoral). Tendo como governador Luis Henrique da Silveira e secretário da Educação, Paulo Bauer, este governo jamais abriu canal de negociações com o Sinte, e mais, ao ouvir falar em Piso Nacional do Magistério, este governo fez uma web-conferência dizendo que pagaria o piso (até hoje os professores estão esperando), e mais tarde entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a Lei Federal.
E cá chegamos em 2011, com um dos melhores IDHs do país, uma das economias que historicamente foi das mais pujantes do país, mas com a vergonhosa posição de 26º pior piso do magistério do país, e ainda a 19ª posição, enquanto pior salário. O governo estadual encaminhou uma pesquisa pela OCDE, e esta conclui: a Educação em SC vai mal, bibliotecas abandonadas, colégios caindo (haja vista o Lara Ribas, o São Francisco, para citar dois de Chapecó), não há eleição para diretores, professores desmotivados, etc.
Mas mesmo assim, a população catarinense reelegeu a Tríplice, elegeu LHS e Bauer para o Senado, ampla maioria para Colombo na Alesc, etc. E aí vem a decisão do STF: a ADIN movida pelo governo LHS não se sustenta, Colombo tem que pagar o piso, é lei. E mais, a oposição descobriu que na Alesc havia super-aposentadorias, especialmente por invalidez que eram um descalabro moral. E mais: que Santa Catarina desvia a finalidade do FUNDEB (parece que o Ministro da Educação passou uma “carraspana” no Governador). Supõe-se que Colombo tem que pagar o piso, é lei.
Ele pagou. Mas achatou a tabela, reduziu a regência das séries iniciais de 40% para 25%, das séries finais de 25% para 17%, reduziu o percentual das aulas excedentes, extinguiu os Prêmios Educar e Jubilar, e manteve a política da ameaça, patrocinada pela Dona Elizete Mello, dos tempos de LHS. A cara de bom moço na verdade uma farsa. As SDRs que eram “cabides de emprego” foram mantidas, a Elizete Mello foi mantida, o desvio de finalidade do FUNDEB foi aprovado pela mesma base aliada que agora o sustenta, o Fundo Social foi mantido (mesmo com todas denúncias de corrupção, aliás a quantas anda aquela que envolve ex-vereador do partido do Governador aqui em nossa cidade). O início do ano escolar foi ridículo: faltaram professores em praticamente todas as unidades escolares, por meses, uma bagunça, PSDB pedindo direção daqui, PMDB dali, DEM = falecido pedindo acolá. Eu não tinha dúvidas. Se o governo LHS foi ruim para a educação, Colombo também o seria. Então, quando a população catarinense elegeu Colombo, votou pela greve no Magistério.
A greve dos professores e servidores em educação vai continuar, forte. É uma greve legalista: fora da lei é o Governo. É uma greve justa, não à toa, paralisou 90% da categoria. A tarefa desta greve é magnânima: é a de salvar o magistério e a educação em Santa Catarina. Não a toa poucos seguem na sala de aula: é uma tarefa árdua, mas é profissão (não vocação). Esta greve também serviu para escancarar de verdade o que foram os 8 anos de governo LHS em Santa Catarina e mostrar para a sociedade toda a falta de seriedade com que foi tratado o dinheiro público. E é por essas e outras que PFL virou DEM, que deixou de existir, para dar lugar ao PSD. Este último terá vida mais breve ainda, por que de nada adianta “mudar o penteado se a noiva é a mesma”, parafraseando o Gaúcho da Fronteira. A luta da educação não pára. Viva os professores, viva os trabalhadores em educação, viva a toda a sociedade catarinense que apoia esta greve vitoriosa.
Cesar Capitanio - Professor de Geografia da Escola São Francisco, Chapecó-SC.

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