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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Um bom livro para os Gremistas, segundo um... Colorado!

"O que leva alguém a comprar um livro sobre seu time, digo, além da paixão?"

Essa fala é de Luis Felipe dos Santos.
E foi retirada de um texto, feito pelo o mesmo e publicado no sítio "Impedimento".
O autor da fala, colorado, recomenda nesse texto, um bom livro para ser lido por gremistas.
Mas não só aos gremistas, mas a todos aqueles que gostam de literatura futebolística.
E principalmente aos colorados, pois afirma que todo o bom torcedor deve conhecer, um pouco pelo menos, à história do rival.
Observação da qual compartilho da mesma opinião.
Pelo amplo fato de que torcer, é bem mais do que fanatismo ou simpatia.
É construção de conhecimento!
Buenas...
Me interessei muito pelo livro e já pedi de presente de Natal... hehe!
Vou reproduzir aqui o texto do Luis Felipe, publicado no "Impedimento":

O gremismo em verbetes

03/12/2010
O que leva alguém a comprar um livro sobre seu time, digo, além da paixão? Esses livros sempre parecem tão redundantes, cheios de coisas que todo mundo sabe ou opiniões pessoais sem qualquer relevância histórica. O que faz alguém ler, entender e gostar de um livro sobre as glórias do maior rival? Falta de dignidade, transtorno mental, recalque extremo, diria Freud. Pois: estou lendo, entendendo e gostando do Dicionário Gremista, de Paulo Seben, que será lançado às 19h de hoje na Saraiva MegaStore do Shopping Praia de Belas, em Porto Alegre.
Em primeiro lugar, a história. Como colorado, creio que conhecer a história do Grêmio é fundamental – sei que isso é uma exceção – pois conhecer a história do Grêmio é parte fundamental da cidade e da cultura gaúcha. A história de qualquer coisa tem que ser bem contada, e a fábula da construção e do desenvolvimento do Grêmio é deliciosa no livro. Ela se estende além do capítulo I (o Goleiro) dedicado apenas a contá-la; a história do clube é pincelada por todo o livro, recontando desde os gols até a búlgara Gremina, batizada após um amistoso.
A obra de Seben também é muito irritante. Para um vermelho, claro. Ao ver o Beira-Lago da contracapa, a lembrança do rebaixamento por dívidas em 1995, as insinuações de elitismo ao lembrar da infame coroa (estabelecida sobre o símbolo colorado no delírio de grandeza de 2008) e tantas outras mais, dá vontade de escrever um outro livro inteiro só em resposta. Parece que Luís Augusto Fischer é o responsável por isso, então não me meterei.
Há também no livro coisas que eu não sabia, o que considero bem importante em qualquer obra sobre futebol – o esporte é pródigo em despejar especialistas na redundância. Em 2007, por exemplo, um gaúcho professor da Universidade de Princeton criou um ALGORITMO com o nome de GREMIO, publicado e aprovado no meio acadêmico. O verbete é o que abre o capítulo 11, dedicado às doideiras gremistas – em uma divertida homenagem à maluquice dos ponteiros esquerdos, como Éder, que cagou no sapato de Telê.
Para completar, a obra de Seben não foge à boa polêmica. Destaco três trechos sobre temas delicados no universo tricolor:
COLIGAY:
“Setores moralistas ou inseguros da torcida gremista (…) ainda se incomodam quando torcedores de clubes d’Além-Mampituba ou os ribeirinhos, sempre preconceituosos e hipócritas, lembram dos pioneiros heroicos da Coligay para tentar diminuir as façanhas do Imortal Tricolor, mas a maioria dos gremistas não está nem aí para essas manifestações de despeito: não temos culpa se os nossos homossexuais são melhores que os deles…”
RONALDINHO:
“Não é todo clube que pode dizer que formou um jogador que foi eleito o melhor do mundo. Naquela várzea esmagada entre o Menino Deus e o Lago Guaíba, por exemplo, nunca jogou nenhum, muito menos foi formado”
RACISMO
“Temos em comum com o verdadeiro Clube do Povo carioca, o Vasco da Gama, a glória de termos abandonado o racismo por convicção e por respeito aos seres humanos, ao contrários de clubecos que abriram as portas para os atletas negros por interesse…”
Descontando as pisoteadas no Inter, é interessante e madura a forma com que são abordados esses temas, tão polêmicos para os gremistas recentes. O livro que Seben lança hoje é bom, vale a pena, é um bom presente de natal para aquele mala tricolor que te segue – de tal forma que, no momento em que minha filha for alfabetizada, guardarei-o bem no fundo da gaveta secreta, para que ela não resolva tomar gosto pelas cores tricolores a partir dele.
Até a vitória,
Luís Felipe dos Santos

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